<P>A indústria naval terá Pernambuco como cenário de seu ressurgimento no Brasil a partir de julho de 2010, prazo de entrega das dez primeiras embarcações fabricadas no estaleiro Atlântico Sul. A afirmação é do presidente da Federação das Indústrias do Esta-do de Pernambuco (Fiepe), Jorg...
Gazeta MercantilA indústria naval terá Pernambuco como cenário de seu ressurgimento no Brasil a partir de julho de 2010, prazo de entrega das dez primeiras embarcações fabricadas no estaleiro Atlântico Sul. A afirmação é do presidente da Federação das Indústrias do Esta-do de Pernambuco (Fiepe), Jorge Corte Real, ao abrir um seminário para mostrar ao empresariado as oportunidades de negócios com o empreendimento em andamento no porto de Suape.
Segundo o presidente do Estaleiro Atlântico Sul, Paulo Haddad, os primeiros navios, previstos para meados de 2010, deverão ter nacionalização mínima de 65%. O setor produtivo local tem chance de participar dessa indústria. Ainda vale lembrar que, além do fornecimento de insumos e serviços, existe o fator da contratação de mão-de-obra, lembrou Haddad, ao falar no evento promovido pela Fiepe.
Embora a previsão da primeira entrega tenha sido atrasada em seis meses, Côrte Real ratificou o otimismo da indústria local, bem como o empenho do Sistema Fiepe na atração de investimentos para o estado, na participação dos empresários e na qualificação de mão-de-obra.
Temos uma grande missão nas mãos. O respaldo para que possamos crescer são os programas do Ciepe, que aproximam os empresários das demandas dos empreendimentos, o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) e as escolas técnicas do Senai, que em dois anos já formaram 300 soldadores e até o final deste ano capacitarão mais 500 profissionais, destacou.
O seminário reuniu cerca de 250 empresários e contou com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Fernando Bezerra Coelho; do presidente da Transpetro (subsidiária de logística e transporte da Petrobras), Sérgio Machado; e do presidente do Ciepe, Aurélio Nogueira.
Corte Real disse que outro foco de interesse do setor produtivo é a perspectiva de capacitação da mão-de-obra para atendimento ao estaleiro e à refinaria de petróleo de Suape. A demanda por treinamento e capacitação profissional em diversos níveis conta com a experiência do Senai/PE, que está de olho nesse mercado e investe para que as empresas não precisem importar mão-de-obra. Somente na escola do Cabo de Santo Agostinho, vizinha do porto de Suape, estão sendo aplicados cerca de R$ 11 milhões em ampliação. A área física será triplicada, incluindo um Centro de Excelência em Solda, informou.
O Estaleiro Atlântico Sul terá uma capacidade de processamento anual de 100 mil toneladas de aço, configurando um investimento de R$ 670 milhões, com geração de 5 mil empregos diretos e 20 mil indiretos na fase de operação, alem de propiciar a formação de um cluster de insumos, componentes e serviços.
Paulo Haddad assinalou que o mercado mundial da construção naval tinha, em maio de 2007, uma carteira de clientes com 7,6 mil navios e que a produção anual do segmento é de 1,8 mil navios por ano, segundo dados de 2006. Os maiores fabricantes são a Coréia, Japão e China, com cerca de 88% da produção mundial. O faturamento mundial do setor naval é da ordem de US$ 121 bilhões por ano.
Fonte: Gazeta Mercantil
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