Redação/Assessoria
Brasil e Singapura se reuniram na sede da Firjan para formar parcerias no mercado de petróleo e gás (P&G), em 02/05. No total, seis empresas e um instituto de pesquisa do país asiático trocaram informações e experiências com mais de 40 companhias fluminenses em evento que incluiu palestras e rodada de negócios. O encontro foi correalizado pela Firjan com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), a Enterprise Singapore e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
“O objetivo é que os envolvidos encontrem potenciais formas de colaborar entre si, tendo retorno positivo para ambos os países”, destacou Simon Lim, diretor-executivo da Enterprise Singapore, agência governamental que defende o desenvolvimento empresarial. Singapura é um dos hubs de petróleo na Ásia, com expertise em unidades flutuantes de produção (FPSOs) e demais plataformas de petróleo.
Frederico Cezar de Araujo, diretor Internacional da Firjan, ressaltou que o Rio de Janeiro é o principal estado produtor e detentor de reservas no Brasil: “Não há melhor local onde encontrar parceiros para negócios. Nesse sentido, a Firjan atua em diversas frentes para que o rumo de nossa indústria seja direcionado para melhorar nossa competitividade e ter inserção mundial”.
Potenciais do Rio
Meg Montana, superintendente de Petróleo e Indústria Naval do governo do estado do Rio, detalhou as oportunidades no território fluminense, que deve atrair, até 2030, R$ 1 trilhão em investimentos. Segundo ela, atualmente, há três grandes projetos em andamento, que somam US$ 4 bilhões.
“Temos as obras na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Açu, em São João da Barra, que tem prevista também a instalação de uma térmica; o Terminal Portuário de Macaé, conhecido como Tepor, em fase de instalação; a construção e operação de térmica a gás em Marlim Azul, também em Macaé; e a construção, em progresso, do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)”, resumiu Meg. Segundo ela, há ainda oportunidades de investimentos nos campos maduros e nas indústrias naval e de energia renovável.
Thiago Valejo, coordenador de Conteúdo Estratégico de P&G da Firjan, detalhou o trabalho da federação, que inclui a vertente de capacitação técnica e industrial pela Firjan SENAI e Firjan SESI. Segundo ele, o mercado de trabalho é altamente qualificado no estado e conta com mais de 40% de profissionais com ensino superior.
“A maior parte da mão de obra de nível técnico passa pelas escolas do SENAI. Além disso, há toda a parte de pesquisa aplicada nos Institutos SENAI de Tecnologia e de Inovação, todos credenciados na ANP com capacidade de desenvolver projetos utilizando recursos da cláusula de PD&I (pesquisa, desenvolvimento e inovação)”, detalhou Valejo.
A Apex-Brasil também se colocou à disposição para ajudar as empresas fluminenses dentro de suas três competências principais: fomentar a exportação, ajudar na internacionalização e atrair investimentos para o país. “O mais importante que fazemos na Apex é promover conexões. Temos, por exemplo, o Braziliam Petroleum Partnership, programa voltado especificamente para o mercado de P&G”, destacou Tatiana Riera, analista de Investimentos da agência.
Fale Conosco
21