Hidrelétricas

“Em dez anos, mais de 80% da eletricidade virá de renováveis”, afirmou Helvio Neves Guerra do MME

Redação TN Petróleo/Assessoria MME
08/10/2020 11:29
“Em dez anos, mais de 80% da eletricidade virá de renováveis”, afirmou Helvio Neves Guerra do MME Imagem: Divulgação Visualizações: 929

“O Brasil está trabalhando para a modernização do setor elétrico, reconhecendo que precisamos adotar as melhores tecnologias disponíveis, sem abrir mão da competitividade”. As palavras são do secretário adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE), do Ministério de Minas e Energia (MME), Helvio Neves Guerra (foto), ao abrir, no dia 06/10, o webinário "ETP Special Report on Clean Energy Innovation". O evento, que teve como tema principal, o papel da inovação na transição energética limpa do Brasil, contou com tradução simultânea, e é fruto de parceria entre o MME, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Agência Internacional de Energia (IEA).

Em sua fala, Helvio Guerra afirmou que o Brasil trilha seu próprio caminho na direção de sua transição energética, especialmente por ter sempre privilegiado as fontes renováveis. “Primeiramente, com o aproveitamento do imenso potencial hidráulico disponível em nosso país. Pode-se dizer que a transição energética e as hidrelétricas fazem parte de nossa história e da geração de eletricidade no Brasil”, ressaltou o secretário. “As hidrelétricas – acrescentou - foram e continuam sendo o principal fator para que nossa matriz elétrica esteja entre as mais limpas do planeta. Atualmente, 63% de nossa eletricidade é proveniente dessa fonte. E continuará assim”.

Geração de energia sustentável

“O nosso planejamento setorial, que se concretiza por meio do Plano Decenal de Expansão (PDE) e do Plano Nacional de Energia (PNE) - destacou -, evidencia que a participação das hidrelétricas e das demais renováveis continuará crescente”.

De acordo com o secretário, o PDE 2029 aponta que, em dez anos, mais de 80% da eletricidade gerada no Brasil será proveniente de renováveis. E que além das hidrelétricas, há ainda a participação das eólicas com mais de 16%, das fotovoltaicas com mais de 8% e da biomassa, com mais de 10%.

“Nossa realidade, de um país com alto percentual de energias renováveis em sua matriz, nos impõe grande responsabilidade: manter o Brasil do futuro nesse mesmo patamar. Manter o mesmo nível de geração de energia de forma sustentável. E aqui me refiro a sustentabilidade em seu sentido mais amplo, onde não basta gerar energia limpa. Temos que utilizar a energia de forma sustentável. Para isso é preciso que haja uma mudança no comportamento dos próprios consumidores. Importante também que todos os governos continuem apoiando o desenvolvimento da tecnologia e da inovação, como tem feito o atual governo brasileiro sob a liderança do ministro Bento Albuquerque”, frisou Guerra.

PNE 2050 e inovação

Ele também falou sobre planejamentos de mais longo prazo, a exemplo do PNE 2050, que apresenta uma visão estratégica do setor ao longo dos próximos 30 anos, indicando as tendências das diversas alternativas energéticas. “O PNE pode ser considerado como o desenho de uma estratégia e como o mapeamento dos desafios que enxergamos à nossa frente para atender às demandas setoriais e sempre tendo em mente o desenvolvimento nacional”, afirmou o secretário.

Institucional

Helvio Guerra disse que “a inovação representa um papel primordial para trazer mais eficiência, redução de custos e aumento da produtividade”, e que “ela precisa servir à integração das fontes limpas como a eólica e a solar fotovoltaica”. “A inteligência artificial, por exemplo, pode contribuir para se obter mais eficiência dessas fontes, uma vez que são fontes não despacháveis. O Brasil está atento a isso e trabalhando para a modernização do setor elétrico, reconhecendo que precisamos adotar as melhores tecnologias disponíveis, sem abrir mão da competitividade”, concluiu.

O webinar contou com a presença de representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da IEA, do presidente da EPE, Thiago Barral e de especialistas dos setores público e privado. Entre os painelistas, a chefe de gabinete de Consultoria Regulatória do MME, Agnes da Costa, o diretor do Departamento de Tecnologias Estruturantes do MCTI, Eduardo Soriano, Raphaella Gomes, chefe de Biomassa e Renováveis da Raízen, Renato Povia, diretor de Estratégia e Inovação do grupo CPFL Energia, e Simon Bennett, da Divisão de Investimentos e Perspectivas da IEA.

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