A Transpetro pediu 60 dias para divulgar as causas do vazamento e a quantidade de óleo que foi derramado no mar de Tramandaí, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, na última quinta-feira (26). Desde a segunda-feira (30), a praia está liberada para os banhistas. Órgãos ambientais questionam a dimensão do vazamento anunciada pela Transpetro. Ainda na semana passada, a empresa informou que teria sido derramado 1,2 metro cúbico (1,2 mil litros) do produto na água. A Polícia Federal estima que vazamento tenha sido de 20 mil litros.
Ontem (31), técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) voltaram a Tramandaí para uma nova análise. O objetivo é detectar qualquer resíduo de óleo na praia ou impacto ambiental visível.
"Estamos fazendo vistoria na praia, conversando com pessoas, analisando algum vestígio de petróleo que possa ter surgido. A praia aparentemente está limpa e nós estamos fazendo reuniões com a Capitania dos Portos e com a empresa", disse André Milanez, engenheiro químico da Fepam.
Os técnicos avaliam que o número divulgado pela empresa pode ser bem maior. Cada órgão faz levantamentos próprios para tentar chegar a um número mais próximo do real.
"Nós estamos fazendo as análises com métodos diferenciados, cada órgão com um método diferente para tentar chegar a um número aproximado. Depois que tivermos esses números vamos confrontar com o que a própria empresa vai informar, aí sim chegaremos a um volume quase real", afirmou Kuriakin Toscan, analista ambiental do Ibama.
O acidente ocorreu durante operação de descarregamento de um navio. Uma comissão interna foi criada pela Transpetro para investigar as causas do vazamento.