Redação/Agência Brasil
Ao longo do ano de 2019, a Petrobras reduziu seu endividamento em 24 bilhões de dólares, dado que recebeu destaque durante a coletiva sobre o balanço de empresa. "É muito dinheiro para qualquer companhia", afirmou Roberto Castello Branco, que justificou que a grande dificuldade de reduzir a dívida é seu tamanho, que supera 80 bilhões de dólares.
Castello Branco destacou que, com os desinvestimentos, a empresa não busca ser menor, mas melhor, com a concentração dos recursos em ativos de maior valor. "Se não tivéssemos desinvestido, não teríamos capacidade financeira de ir para o Leilão de Excedentes de Cessão Onerosa e comprar um ativo tão maravilhoso quanto [o campo de] Búzios", disse se referindo à aquisição dos excedentes do campo, que foi o mais caro do leilão realizado no ano passado.
Os executivos da Petrobras também comentaram sobre possíveis impactos do novo coronavírus, epidemia que tem como epicentro a China, o principal comprador do petróleo brasileiro. A diretora de refino e gás natural, Anelise Lara, disse que a China reduziu sua demanda por petróleo devido à crise, mas esse patamar deve ser recuperado.
"A gente acredita que a exportação para a China vai continuar forte. É claro que podem haver reduções de demanda pontuais, como agora", disse a diretora, que contou que a empresa vem buscando aumentar suas exportações para a Europa, os Estados Unidos e a Índia.
Apesar dessa queda de demanda no país asiático, a Petrobras afirma que ainda não sentiu o efeito no volume de vendas. "Não teve efeito nas quantidades, mas teve efeito nos preços, evidentemente, porque os mercados antecipam os efeitos na atividade econômica", disse Castello Branco, que acredita que a queda de preços vai se refletir nos resultados do primeiro trimestre, o que considerou prematuro quantificar.
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