Valor Econômico
A aprovação pela Câmara dos Deputados da Medida Provisória 450, que dispensa de licitação obras realizadas pela Eletrobrás, desde que autorizadas pela Presidência da República, foi vista por executivos ligados à estatal como uma ferramenta que permitirá à empresa concorrer em igualdade de condições com companhias privadas. O presidente de Furnas, Carlos Nadalutti, afirmou que a aprovação da MP 450 alinha a Eletrobrás e suas subsidiárias com o mercado de energia no país.
“Isso nos dá uma maior aproximação do mercado real, podendo competir, com processos mais céleres, assim como na iniciativa privada”, disse Nadalutti.
Para o assistente da superintendência de operações no exterior da Eletrobrás, Ruderico Pimentel, a mudança vai permitir que a estatal e suas subsidiárias tenham instrumentos mais flexíveis para trabalhar em um ambiente mais competitivo. Para ele, a dispensa de licitação em alguns projetos não quer dizer que não haverá regras.
“É impossível trabalhar em um ambiente competitivo, como é o setor elétrico hoje, sem alguma flexibilidade gerencial para você poder agir. Mas isso não quer dizer que você não tem de ter regras”, afirmou. “Tem de achar equilíbrio entre regras e flexibilidade gerencial”, acrescentou.
Nadalutti, disse que a entrada em operação da usina de Santo Antônio poderá ser antecipada em pelo menos seis meses. Uma das condições para a antecipação é a entrada das linhas de transmissão que ligarão a usina ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Fale Conosco
22