Siderurgia

Eike acerta parceria com grupo chinês

O Estado de S.Paulo
20/05/2009 03:35
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A mineradora MMX, controlada pelo empresário Eike Batista, anunciou ontem parceria com o grupo chinês Wuhan Iron and Steel Co. (Wisco) para a construção de uma siderúrgica com capacidade para produzir 5 milhões de toneladas de aço por ano no Porto do Açu, no litoral norte fluminense. Orçado em US$ 4 bilhões, o projeto faz parte de um memorando de entendimentos que inclui a negociação para a venda, à Wuhan, de parte dos ativos da MMX, que é detentora de uma mina em Corumbá, e também da MMX Sudeste, que tem operações em Minas Gerais.

 


A participação que a Wisco poderá ter na MMX ou na MMX Sudeste não foi informada. Por meio de sua assessoria de imprensa, a MMX disse apenas que as negociações “estão se iniciando” e, portanto, não é possível definir ainda valores.

 


A siderúrgica, cuja construção deverá ficar a cargo dos chineses, será controlada e operada pela Wisco. A EBX poderá ter uma “participação minoritária relevante”, conforme o comunicado emitido pela empresa ao mercado.

 


Em fato relevante divulgado ontem, Eike Batista informou que “essa combinação de negócios, quando consumada, provavelmente representará o mais importante investimento chinês no Brasil, e uma das mais relevantes associações comerciais entre um grupo brasileiro e uma empresa chinesa”.

 


Em janeiro do ano passado, a EBX já havia vendido, pela quantia de US$ 5,5 bilhões, 51% da MMX Minas-Rio para a Anglo American, que já detinha 49% da operação.

 


O negócio incluiu uma participação na LLX Minas Rio, empresa responsável pelo escoamento do minério até o Porto do Açu, além de 70% do sistema Amapá, que engloba direitos exploratórios em Corumbá (MS). Os 30% restantes pertencem à canadense Cleveland Cliffs.

 


A siderúrgica projetada pela Wisco poderá destinar parte de sua produção para um estaleiro que a EBX pretende construir em Santa Catarina, para fornecer embarcações para as atividades petrolíferas do grupo, tocadas pela OGX. Esse empreendimento ficará a cargo da BEX (Brasil Estaleiros, com foco na construção de navios e equipamentos de produção de petróleo em alto-mar).

 


No fato relevante, Batista diz que a parceria com a Wisco poderá incluir ainda um contrato de longo prazo de fornecimento de minério de ferro das minas da MMX Sudeste com preços “benchmark” (preços de referência). Além disso, os chineses poderão retirar praticamente a totalidade da capacidade de exportação de minério das operações da MMX em Minas Gerais.

 


CVM

 


As negociações com os chineses foram anunciadas no mês passado por Batista. No entanto, anteontem houve uma grande onda de boatos a respeito do fechamento do negócio no mercado financeiro.

 


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou ontem que está analisando o comportamento das ações das companhias LLX e MMX, que subiram 18% e 8,3%, respectivamente, no dia anterior.

 


A valorização foi bem superior à registrada pelo índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), cuja alta foi de 5,01%. A autarquia esclareceu que vai analisar o comportamento das ações antes e depois da divulgação do fato relevante, por causa do movimento atípico das ações no período.

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