Plano visa desenvolver a produção do etanol de segunda geração.
Ascom Finep
O edital do Plano de Apoio Conjunto PAISS Agrícola, voltado ao desenvolvimento do etanol de segunda geração, recebeu uma demanda inicial de R$ 4,52 bilhões em pedidos de financiamento, conforme informado pelas empresas participantes. O valor é aproximadamente três vezes maior do que o orçamento de R$ 1,48 bilhão disponibilizado no edital.
Ao todo, participaram 48 empresas que encaminharam 61 planos de negócio. As linhas temáticas mais demandadas foram as de Novas Variedades e Adaptação de Sistemas Industriais, que juntas somam R$ 2,85 bilhões em planos de negócio. Quanto aos instrumentos de financiamento, a procura maior foi por crédito (R$ 3,4 bilhões), e subvenção econômica, com demanda de R$ 640 milhões.
O prazo para apresentação dos planos de negócios terminou no dia 16 de maio. Até 20 de junho, o Comitê de Avaliação das Instituições Apoiadoras - Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) - deverá apresentar o resultado preliminar da Etapa Única de Seleção dos Planos de Negócio e Indicação dos Planos de Suporte Conjunto.
O cronograma apertado foi criado para que os desembolsos sejam efetuados rapidamente. “Desta forma, teremos condições de contratar e realizar os primeiros desembolsos antes do final do ano”, disse o superintendente da Área de Apoio a Projetos Inovadores e Descentralização da Finep, Alexandre Velloso.
Lançado em 17 de fevereiro, o edital do PAISS destina-se a fomentar o desenvolvimento e a produção pioneira de tecnologias agrícolas e a adaptação de sistemas industriais, no contexto das cadeias produtivas de cana-de-açúcar e de outras culturas energéticas compatíveis, complementares, ou consorciáveis com o sistema agroindustrial da cana-de-açúcar.
O edital visa ainda estimular a formação de parcerias entre as empresas proponentes, empresas parceiras e ICTs, com o objetivo de fortalecer os planos de negócio, promovendo maior complementariedade tecnológica e empresarial. Segundo Velloso, entre os objetivos que podem ser atingidos mais a curto prazo estão melhorias em processos de plantio, colheita e adaptações de sistemas industriais para o processamento de culturas energéticas compatíveis. Já objetivos de médio e longo prazo envolvem o desenvolvimento de novas variedades, mais produtivas, com maior teor de fibras ou açúcares, mais resistentes à seca, a pragas, entre outros.
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