Faturamento

Ebitda gerencial da CPFL Energia tem alta de 9,3% no 3TRI14, para R$ 998,6 milhões

Resultado do trimestre foi beneficiado pela entrada em operação dos projetos da CPFL Renováveis.

Redação / Assessoria
17/11/2014 12:45
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A CPFL Energia, maior grupo privado do setor elétrico brasileiro, registrou uma geração de caixa medida pelo Ebtida gerencial de R$ 998,6 milhões no terceiro trimestre de 2014, crescimento de 9,3% na comparação com igual período de 2013. O aumento é fruto da entrada em operação dos projetos da CPFL Renováveis, do aumento das margens no segmento de comercialização e do consumo de baixa tensão na distribuição. O resultado gerencial contabiliza os ativos e os passivos regulatórios do negócio de distribuição e exclui os itens não recorrentes dos balanços.

A receita líquida do grupo (excluindo a receita de construção) registrou crescimento de 10,4% no mesmo intervalo de comparação, para R$ 3,804 bilhões. Os reajustes tarifários e o crescimento do consumo de baixa tensão na  distribuição contribuíram para o aumento de R$ 74 milhões na receita do negócio. Por sua vez, a área de geração convencional contribuiu com R$ 116 milhões, refletindo a operação das termelétricas da Epasa, a estratégia de sazonalização e a renovação do contrato com Furnas para a venda de energia da Semesa. O segmento de Comercialização e Serviços ampliou as suas receitas em R$ 131 milhões.

O consumo de energia nas áreas de concessão das oito distribuidoras da CPFL Energia, localizadas nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais, ficou estável, com ligeiro aumento de 0,2% no terceiro trimestre de 2014 frente ao mesmo período de 2013, para 14,516 mil gigawatts-hora (GWh). Esse desempenho reflete os efeitos da desaceleração da atividade econômica no País sobre o desempenho dos grandes clientes industriais.

O mercado cativo expandiu 3,1%, para 10,401 mil GWh, ao passo que o consumo faturado dos clientes livres pela tarifa de uso do sistema de distribuição (TUSD) recuou 6,6%, para 4,115 mil GWh. Na análise por classe, o consumo residencial cresceu 4,4% e a comercial, 6,9%. Entretanto, a demanda industrial teve uma queda de 5,9%, refletindo o fraco desempenho da produção industrial nos últimos meses.

Cabe destacar que o crescimento das vendas no mercado cativo ocorreu a despeito da crise hídrica que atinge o Estado de São Paulo, onde se localizam sete distribuidoras do grupo. Isso porque as restrições no fornecimento de água em algumas regiões da área de concessão já vêm influenciando os hábitos de consumo de energia da população, reduzindo o uso do chuveiro elétrico e da máquina de lavar roupas.

A CPFL Energia também reduziu o seu endividamento e a sua alavancam no terceiro trimestre de 2014 na comparação com o segundo trimestre do mesmo ano. A dívida líquida ajustada teve queda de 1,7% no período, para R$ 12,990 bilhões. Com isso, a relação dívida líquida ajustada/Ebitda ajustado caiu de 3,45 vezes para 3,33 vezes — esse indicador é usado como referência para os covenants do grupo.

Investimentos

Os investimentos no terceiro trimestre de 2014 somaram R$ 251 milhões. Disso, R$ 154 milhões foram destinados ao negócio de distribuição com o objetivo de ampliar, reforçar e efetuar a manutenção dos sistemas elétricos visando atender o crescimento do mercado. O negócio de geração recebeu R$ 80 milhões, aplicados principalmente na implantação dos Complexos Eólicos Campo dos Ventos, São Benedito e Pedra Cheirosa, em fase de construção. Foram investidos R$ 17 milhões nas áreas de comercialização e serviços. Deste modo, os investimentos do grupo de janeiro a setembro totalizaram R$ 771 milhões.

Ao final do terceiro trimestre, a CPFL Renováveis concluiu a associação com a Desa, com eficácia a partir de primeiro de outubro. Com a operação, a companhia, maior empresa de geração renovável da América Latina, incorporou 330,8 MW em projetos, dos quais 227,6 MW estão em operação e outros 53,2 MW em construção. Deste modo, o parque gerador atual da CPFL Renováveis é composto por 80 usinas, com 1.773 megawatts (MW) de capacidade, entre usinas eólicas, a biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH).

Com o avanço dos projetos na área de energia renovável, a CPFL Energia vem expandindo a capacidade instalada em geração. O parque gerador do grupo soma agora 3.127 MW, consolidando a condição da companhia como a segunda maior empresa privada de geração de energia do País.

Resultado em IFRS

O Ebitda no padrão contábil internacional IFRS, que não considera os ativos e os passivos regulatórios do negócio de distribuição, recuou 19,2% de julho a setembro de 2014 frente a igual intervalo de 2013, para R$ 859 milhões. Os resultados em IFRS foram impactados negativamente pelas maiores despesas com a compra de energia no segmento de geração por conta do GSF (Generation Scaling Factor) e pela variação dos ativos e passivos regulatórios. No terceiro trimestre de 2014, as oito distribuidoras do grupo receberam R$ 205 milhões da Conta ACR para a cobertura dos gastos com a compra de energia em função da exposição involuntária ao mercado de curto prazo e da geração termelétrica.

O lucro líquido IFRS da CPFL Energia somou R$ 97 milhões no terceiro trimestre de 2014, uma queda de 72,6% na comparação com intervalo de 2013 — na visão gerencial, excluindo-se também os efeitos não recorrentes, o lucro diminuiu 12,6%, para R$ 228 milhões.

A CPFL Energia promove, às 11h desta sexta-feira, a teleconferência de resultados do terceiro trimestre de 2014. Os jornalistas poderão se conectar ao evento pelo telefone 55-11-3193-1001 ou pelo site www.cpfl.com.br/ri e participar como ouvintes.

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