Redação TN Petróleo, Agência Petrobras
O posicionamento da Petrobras como uma companhia comprometida com a transição para uma economia global de baixo carbono, com projetos duplamente resilientes, de baixo custo e menos emissões, foi destacado nesta terça-feira (8/3), durante a participação dos diretores da companhia na CERAWeek. O evento, realizado em Houston (EUA), é considerado um dos principais encontros da indústria de energia mundial e tem por objetivo promover novas ideias e diálogos sobre o setor.
O diretor Financeiro e de Relação com Investidores da Petrobras, Rodrigo Araujo, participou do painel “Balancing Act: futuro do petróleo e gás na América Latina?” e ressaltou que os projetos da companhia, pela alta tecnologia implantada e a larga escala de produção, conseguem ter emissões mais baixas de carbono. Além disso, os projetos são resilientes a preços de barril de petróleo baixo, ressaltando a importância da disciplina de capital. “Sabemos que a indústria do petróleo é cíclica. Precisamos estar preparados para atuar em qualquer cenário. Dois anos atrás, por exemplo, o preço do barril estava a US$ 20”, afirmou Araujo.
Durante sua explanação, Araujo explicou que hoje a Petrobras está preparada para um cenário desafiador, em função de seu sólido portfólio, que prevê ainda a entrada em produção de 15 novas plataformas até 2026. Pela carteira atual, a relação da produção é de 85% de óleo e 15% de gás. “Essa é uma dinâmica dos nossos projetos do pré-sal e, pelo menos no médio prazo, deve continuar nessa linha”, disse Araujo.
No painel que discutiu as mudanças nas estratégias para a área de exploração e produção de petróleo no futuro, o diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, Rafael Chaves (foto), divulgou números que reforçam o papel do óleo no pré-sal para a transição energética. “Nossos campos de águas ultraprofundas são muito eficientes em termos de emissões. No pré-sal, são emitidos 10kg de gases de efeito estufa por barril produzido, sendo que a emissão média de CO2 da indústria é de quase 20kg”, detalhou.
Mesmo com o bom desempenho da Petrobras, Chaves acredita que a companhia precisa estar alerta para reduzir ainda mais suas emissões. “O investimento em soluções tecnológicas voltadas para a redução das emissões não é uma questão de opção, é obrigatória para todas as empresas de petróleo”, ressaltou o diretor, que também falou sobre os investimentos que estão previstos nas refinarias, tanto para a redução de emissões das plantas industriais quanto para o desenvolvimento de biocombustíveis, como o diesel com conteúdo renovável.
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