O diretor-presidente da Companhia Docas do Rio Grande do Norte, o engenheiro Emerson Fernandes Daniel Júnior, disse que a dragagem de aprofundamento do Porto de Natal é fundamental para a economia do estado porque viabilizará em Natal uma linha de navegação de cabotagem, feita entre os principais portos do país. A obra, orçada em R$ 34,4 milhões, vai ampliar para 12,5 metros a profundidade do complexo.
Segundo ele, a nova operação terá repercussão imediata na economia, com a diminuição do preço de certos produtos comercializados no estado, como, por exemplo, o arroz, que deixará de conter em seu preço final o valor do frete adicional rodoviário.
Além do benefício econômico, o presidente da Docas frisou que a cabotagem, por ser um meio de transporte marítimo, representa menos danos ambientais e mais conservação das estradas. Atualmente, a linha de cabotagem não existe no RN por dois motivos: A partir de Natal - porque o escoamento das cargas produzidas no RN está pulverizado; saem por rodovias ou por Pecém (CE), Mucuripe (CE) ou Suape (PE); A partir de outros portos - porque os navios que vêm desses terminais (seja no sentido Norte-Sul, seja Sul-Norte), quando chegam à costa potiguar, estão carregados e o complexo não tem profundidade para atendê-los. Esse problema, porém, está sendo sanado com a dragagem, prevista para ficar pronta ainda este ano.
Fernandes disse que as vantagens de se utilizar o transporte marítimo são inúmeras. Ele enfatiza, por exemplo, os benefícios ambientais e rodoviários. “O transporte de cargas por navios é menos poluente e tem a vantagem de não causar nenhum dano às estradas”, explicou.
A dragagem do Porto de Natal teve início em maio deste ano e está prevista para ser encerrada em dezembro. A obra faz parte do Plano Nacional de Dragagem (PND) do governo federal e está sendo realizada pela Bandeirante Dragagem.