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Dólar fraco empurra barril para casa dos US$ 100

Valor Econômico
16/11/2010 12:08
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O preço do petróleo pairou em torno de US$ 78 o barril durante a maior parte do ano, provocando muito pouca emoção, enquanto outras commodities, como o cobre, ouro e o algodão registraram altas recordes. O crescimento econômico mundial não foi rápido o suficiente para elevar substancialmente a demanda por petróleo, os estoques nos EUA têm sido grandes e os sauditas vêm bombeando volumes suficientes para garantir uma oferta abundante.


Uma mudança nos mercados de petróleo pode estar agora se aproximando. O petróleo poderá subir para US$ 100 no ano que vem, à medida que os bancos centrais injetarem dinheiro em suas economias para reanimar o crescimento, é o que preveem o JPMorgan Chase e o Bank of America Merrill Lynch. A decisão do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) de comprar US$ 600 bilhões em títulos do Tesouro dos EUA de bancos comerciais, deve reduzir as taxas de juros nos EUA e enfraquecer ainda mais o dólar. Os investidores poderão vir a aplicar cada vez mais seus recursos em petróleo e outras commodities para obter um retorno razoável.


As iniciativas do Fed "provavelmente empurrarão os preços para cima", disse Antoine M. Halff, chefe de pesquisa em energia na Newedge EUA, em Nova York, e ex-administrador principal da Agência Internacional de Energia (AIE). "Os anos recentes demonstraram que quanto mais dinheiro barato há no sistema, mais dinheiro flui para commodities, especialmente de energia". Desde o início de setembro, os preços do barril subiram 17%, para US$ 86,96.


Analistas do setor petrolífero também estão de olho na Opep, buscando detectar sinais de suas intenções. Os membros do cartel poderão buscar um preço mais alto em razão de a desvalorização do dólar estar corroendo a rentabilidade das suas exportações denominadas na moeda americana. O ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali Al-Naimi, disse em Cingapura, no dia 1º de novembro, que uma faixa de US$ 70 a US$ 90 por barril deverá ser satisfatória para os consumidores. O reino tinha indicado anteriormente uma meta de US$ 75 o barril. "Foi a primeira vez em que Al-Naimi mencionou a faixa de US$ 70 a US$ 90", disse Francisco Blanch, chefe de pesquisa de pesquisa mundial de commodities no Bank of America Merrill Lynch Global Research, em Nova York. "O próximo limiar é US$ 90, caso Al-Naimi diga que não vai colocar mais petróleo no mercado até que cheguemos a esse nível". Mais tarde, porém, o secretário-geral da Opep disse que o grupo estava satisfeito com uma faixa de US$ 70 a US$ 85.

O crescimento dos mercados emergentes ajudará a reduzir os estoques de petróleo bruto no próximo ano, diz David Greely, chefe de pesquisas no setor de energia no Goldman Sachs, em Nova York. A AIE, sediada em Paris, estima que a demanda mundial de petróleo subirá de 86,9 milhões de barris por dia, neste ano, para 88,2 milhões em 2011. Os fundos de hedge e outros grandes especuladores estão começando a entrar nesse território. Eles aumentaram suas apostas sobre o aumento dos preços do petróleo no fim de outubro, segundo a Commodity Futures Trading Commission.


Ainda há céticos em relação a um petróleo por US$ 100 o barril, como Sarah A Emerson, diretora da Energy Security Analysis, em Wakefield, Massachusetts. Há uma abundância de petróleo bruto para satisfazer a demanda mundial sem estimular uma escalada dramática dos preços, diz a analista de energia. "Esse é um mercado bem abastecido e isso não vai mudar tão cedo", diz Emerson. "No fim das contas, os fundamentos são relevantes".
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