A TN Petróleo, que há duas décadas vem discutindo a questão da sustentabilidade no setor de energia, criou a série SUSTENTABILIDADE: INDÚSTRIA DE O&G É PARTE DA SOLUÇÃO, dando voz representantes da cadeia produtiva, que estará reunida no SPE Brazil Sustainability Symposium (https://sbs2.spebrasil.org/), que a SPE Brasil realiza entre os dias 3 e 5 de outubro, no Rio de Janeiro. A TN Petróleo é mídia suporte desse evento que vai debater os caminhos para a indústria de óleo e gás ter protagonismo efetivo na transição energética.
Redação TN Petróleo/Beatriz CardosoA matriz energética majoritariamente limpa e grande diversidade de fontes renováveis favorecem o protagonismo da indústria de óleo e gás do Brasil na transição energética. “O amplo potencial dos recursos energéticos faz do Brasil um dos países onde a Equinor tem buscado ativamente oportunidades em energia renovável e soluções de baixo carbono”, destaca Claudia Brun, vice-presidente de Novas Cadeias de Valor da Equinor.
Reiterando o papel-chave da tecnologia na atuação da indústria de O&G nesse processo de transição, a executiva da Equinor vai participar no dia 4/10 da sessão sobre CCUS, falando sobre a utilização de CO2/ EOR no desenvolvimento da produção offshore.
Confira programação https://sbs2.spebrasil.org/programacao/
Porque a indústria de O&G deve ser protagonista dessa transição energética?
Claudia Brun – Nosso propósito na Equinor é transformar recursos naturais em energia para as pessoas e progresso para a sociedade. Neste sentido, acreditamos que estamos no lugar e momento ideais para liderar a transição energética. Temos a ambição de ser uma companhia neutra em emissões até 2050, com a estratégia de combinar a produção de óleo e gás, nossa expansão em renováveis e investimentos em novas tecnologias e cadeias de valor.
O Brasil é um parceiro importante nessa jornada?
A Equinor considera o Brasil como um país-chave no desafio de redução de emissões da empresa a nível global. Vale relembrar que a Equinor é hoje a companhia no setor de O&G que produz com as menores emissões do mundo - cerca de 9 kg de CO2 por barril e, já em 2025, pretendemos reduzir ainda mais, mantendo essa média abaixo dos 8 kg. A média global da indústria é de 16 kg de CO2 por barril.
De que forma a tecnologia, mais além da mudança de mindset, vai assegurar esse protagonismo?
A tecnologia é uma grande aliada em nossas operações para alcançarmos nossos objetivos e viabilizar a transição energética. Por exemplo, em Bacalhau, na bacia de Santos, primeiro campo do pré-sal brasileiro a ser operado por uma companhia internacional, utilizaremos a tecnologia de ciclo combinado em nosso FPSO. A tecnologia combina turbinas a gás com turbinas a vapor para tirar proveito do excesso de calor que, de outra forma, seria perdido nas turbinas a gás. Com isto, esperamos que as emissões em Bacalhau sejam menores que 9 kg de CO2 por barril produzido.
Ainda sobre este tópico, temos outro exemplo, que é o investimento de cerca de R$ 42 milhões em parcerias de P&D com o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O propósito é fomentar pesquisas que viabilizem o surgimento das tecnologias que contribuam diretamente com a transição energética e com a redução de emissões de carbono na indústria O&G.
De que forma o fato de o Brasil ter uma matriz energética limpa e múltiplas alternativas em energias renováveis podem atrair novos investimentos que vão contribuir para uma economia de baixo carbono?
O amplo potencial dos recursos energéticos faz do Brasil um dos países onde a Equinor tem buscado ativamente oportunidades em energia renovável e soluções de baixo carbono. A primeira usina solar no portfólio global da empresa está no Brasil – o Complexo Solar de Apodi, no estado do Ceará. Mendubim, o segundo projeto solar do portfólio da Equinor no país, está em construção no estado do Rio Grande do Norte, em parceria com as também norueguesas Scatec e Hydro Rein. E estamos analisando potenciais projetos de energia eólica offshore no país, setor em que já somos referência no mundo.
Acreditamos que, tanto no âmbito de renováveis e de soluções de baixo carbono, a colaboração irrestrita entre consumidores, reguladores e a indústria é a chave para desenvolver novos mercados e estabelecer as fundações para a criação de valor sustentável. É desta forma que, na Equinor, pretendemos moldar o futuro da energia.
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