O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, reconheceu ontem (15) que os reajustes que estão sendo feitos nas tarifas de energia elétrica são expressivos. Segundo ele, uma grande parcela dos reajustes se refere a encargos setoriais, que são custos adicionais
Agência BrasilO diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, reconheceu ontem (15) que os reajustes que estão sendo feitos nas tarifas de energia elétrica são expressivos.
“E [isso] é péssimo em um momento em que estamos tendo uma situação econômica complicada no mundo inteiro, mas estão nos nossos contratos, e temos que cumprir”, disse.
Segundo ele, uma grande parcela dos reajustes se refere a encargos setoriais, que são custos adicionais que não fazem parte do serviço de energia elétrica, mas decorrem de políticas definidas pelo governo. Como exemplo, Hubner citou o uso das usinas termelétricas para garantir a segurança do sistema elétrico brasileiro.
Hubner participou de uma audiência pública da Comissão de Defesa do Consumidor para discutir a revisão tarifária da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). Segundo ele, a proposta de revisão da tarifa da Celpe de 5,44% é resultado de variações de custos não previstas em reajustes anteriores.
O procurador do Ministério Público Federal Antônio Carlos Campello destacou que a Celpe teve lucro nos últimos anos, portanto, não deveria reajustar o preço da tarifa. Segundo ele, a Aneel deve interferir para evitar reajustes abusivos.
“A minha esperança é que a Aneel reencontre o seu papel institucional e atenda a sociedade brasileira, pois estamos diante de um serviço público essencial”, disse.
Campello lembrou que o MP ainda aguarda o resultado da ação civil pública ajuizada contra a revisão tarifária promovida pela Celpe em 2005, que foi de 35%.
O índice definitivo de revisão da Celpe entrará em vigor no dia 29 de abril deste ano, após análise das contribuições recebidas durante o processo de audiência pública. A distribuidora atende a 185 municípios de Pernambuco e a cidade de Pedra do Fogo, na Paraíba, num total de 2,77 milhões unidades consumidoras.
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