A Rio Bravo, empresa de serviços financeiros que conduz a licitação do dique seco da Petrobras, deve aprofundar, a partir desta semana, as negociações com o Estaleiro Rio Grande, primeiro colocado na classificação final. Os entendimentos devem se estender até junho. O esta...
Redação
15/05/2006 00:00
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A Rio Bravo, empresa de serviços financeiros que conduz a licitação do dique seco da Petrobras, deve aprofundar, a partir desta semana, as negociações com o Estaleiro Rio Grande, primeiro colocado na classificação final. Os entendimentos devem se estender até junho. O estaleiro, controlado pela construtora WTorre, terá de apresentar documentação adicional e será convidado a melhorar as condições de sua proposta. O início das negociações será possível depois que a Rio Bravo decidiu, na semana passada, não acatar recursos impetrados pelos participantes. A Rio Bravo fez uma análise crítica destes recursos e decidiu negar todos os pedidos. O resultado manteve o Estaleiro Rio Grande em primeiro e a Construções e Comércio Camargo Corrêa, na segunda. No Rio Grande do Sul, o resultado foi interpretado como garantia de que o dique será instalado no município de Rio Grande. Mas o processo ainda não está concluído. A partir do encerramento da fase de recursos, a Rio Bravo abre período de 20 dias para fazer a negociação direta com o vencedor e, se não chegar a bom termo, pode chamar o segundo colocado. Nos bastidores, a disputa continua intensa. Uma fonte que preferiu não se identificar disse que o valor final, considerando reduções de impostos por meio de incentivos fiscais, ficou em R$ 157,6 milhões. O valor da Camargo Corrêa chegou perto: R$ 158,7 milhões. Estes valores correspondem ao aporte a ser feito por um fundo de investimento a ser lançado pela Rio Bravo para adquirir parte do dique e arrendá-lo à Petrobras por dez anos. Entre os concorrentes, há argumentos contestando a legalidade do terreno onde o Estaleiro Rio Grande pretende implantar o dique seco. Dizem que não existe anuência da União para que o Estado do Rio Grande do Sul transfira o terreno para um terceiro, no caso o Estaleiro Rio Grande. Um licitante disse que a área só poderia ser repassada via licitação, o que retardaria muito o processo. O risco é de que a demora termine por inviabilizar o projeto no Rio Grande do Sul e leve a Petrobras a desistir de construir as plataformas P-55 e P-56 no Brasil. Fonte do Estaleiro Rio Grande garantiu que não existem pendências em relação à área do dique seco. Nem mesmo os representantes do estaleiro admitem ter ganho o projeto. O contrato com o vencedor deve ser assinado em junho após o término das negociações. Há empresas na licitação que examinam com seus respectivos departamentos jurídicos a possibilidade de novo recurso.
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