Tecnolgia

Desenvolvimento de veículos elétricos em pauta

Enquanto um veículo com motor a gasolina usa apenas 17,5% da energia gerada por combustão, um elétrico chega a aproveitar 90% da energia consumida, sem barulho e sem poluir do ar. Por estas e outras razões, num contexto mundial de busca de alternativas energéticas mais eficientes, econômicas e

Redação/ Agências
11/03/2010 15:09
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Enquanto um veículo com motor a gasolina usa apenas 17,5% da energia gerada por combustão, um elétrico chega a aproveitar 90% da energia consumida, sem barulho e sem poluir do ar. Por estas e outras razões, num contexto mundial de busca de alternativas energéticas mais eficientes, econômicas e adequadas ambientalmente, as pesquisas para o desenvolvimento do carro elétrico ganharam grande impulso.

O Brasil ainda não se lançou na corrida por esse incremento tecnológico, mas tem um cenário bastante favorável, que inclui uma ampla rede de distribuição de energia, com 87% de fontes limpas (80% hidráulica, 4% de bagaço de cana, 2% nuclear, 1% eólica).


Estes dados e outros aspectos que envolvem as perspectivas de consolidação da tecnologia de veículos elétricos no País e no mundo serão apresentados pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT), do Rio de Janeiro, ao público na próxima palestra do ciclo Terças Tecnológicas, no dia 30, às 14h30.


O estudo sobre o tema é realizado pelo engenheiro Marcelo Schwob, da área de Energia do INT, que ressalta a importância do País investir na solução do uso da propulsão elétrica nos automóveis e, sobretudo em veículos de transporte coletivo.


As pesquisas com a propulsão elétrica de veículos já existem desde o final do século 19, quando se desenvolviam também os sistemas de motores de combustão interna e a vapor. Como os combustíveis líquidos do petróleo tinham um preço muito acessível e a infraestrutura de distribuição da energia elétrica ainda era precária, o seu uso em automóveis e demais veículos rodoviários não foi buscada em escala industrial, ficando restrito a transportes como bondes, trens e metrôs. Só com a crise do petróleo na década de 70 e com a conscientização ambiental a partir dos anos 80, a solução elétrica voltou a ser considerada para os veículos leves.


Além de ser uma fonte limpa, o motor elétrico tem outras vantagens, apontadas por  Schwob, como o consumo nulo em “marcha lenta” e a possibilidade de emprego de freios regenerativos, que recuperam a energia gasta na frenagem e desaceleração. Outro ponto crucial nos modelos elétricos destaca o engenheiro, é o ganho de espaço: compacto, o motor pode funcionar junto à suspensão ou mesmo no espaço das rodas.


Em países como os EUA e na Europa, os programas para a promoção do uso da propulsão elétrica em veículos leves já envolvem investimentos da ordem de bilhões de dólares no prazo até 2020, ano em que a participação do carro elétrico, segundo previsões do setor automotivo, deve chegar a representar de 2 a 10% do mercado.


Sibratec  - No Brasil, já há iniciativas nas áreas de pesquisa e desenvolvimento de empresas como a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) Energia, Eletrobrás, Fiat, Itaipu, Copel, Petrobras, e entidades como Inee, ABVE, Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


No último dia 3 de fevereiro, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) patrocinou, no IPT, um primeiro encontro geral do setor visando criar um grupo ou conselho gestor das iniciativas governamentais de investimento em pesquisas em propulsão elétrica. Na ocasião, o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCT, Ronaldo Mota, apresentou a possibilidade de criação de uma rede nacional para garantir apoio ao tema dentro do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec).


Presente em outros momentos decisivos do desenvolvimento de tecnologias de uso de alternativas energéticas para veículos, o INT também pretende se associar ao grupo. No currículo, o instituto do MCT traz desde as primeiras pesquisas com motores a álcool na década de 1920, motores a gasogênio e estudos pioneiros com óleos vegetais na década de 1940, desenvolvimento de misturas utilizando biodiesel e apoio tecnológico à consolidação do Pró-Álcool na década de 70, até os recentes estudos nas áreas de biomassa, célula a combustível, otimização do uso de energia elétrica e design voltado para novos veículos a propulsão elétrica.


Pesquisador dedicado ao estudo sobre veículos elétricos, o engenheiro Schwob é um dos principais entusiastas do tema no INT. Para assistir à palestra Propulsão Elétrica e Mobilidade Urbana - Perspectivas no Brasil e no Mundo, basta inscrever-se gratuitamente na página do Instituto, na Internet: www.int.gov.br, na área do ciclo Terças Tecnológicas. O evento é dedicado principalmente ao público universitário de graduação e pós-graduação, conferindo certificado de participação para os inscritos.

 

 

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