Negócios

Descobertas no pré-sal atraem fabricantes de equipamentos

Valor Econômico
17/06/2009 07:01
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As descobertas de petróleo no Brasil, principalmente no pré-sal da bacia de Santos, já começam a atrair pequenas e médias empresas estrangeiras para o país. É o caso da francesa Ixsea, que fabrica sistemas de giroscópio com sensores de movimento para ajudar a estabilizar embarcações, que vai se instalar em Santa Catarina. "A idéia é aumentar o faturamento em 40% em 2010", diz o diretor da empresa no país, Paulo Alcarpe. A empresa fatura hoje em torno de US$ 1 milhão por ano no país.

 

A Ixsea já tem escritório comercial no Brasil e agora se prepara para dar assistência técnica e manutenção a seus clientes, a maioria fornecedores da Petrobras, ou à própria estatal. Entre os clientes estão a Fugro, Acergy, Pride e Chemtec. Alcarpe explica que a sua estimativa leva em conta atrasos e adiamentos de alguns projetos da Petrobras, que ficaram para 2010.

 

A Imeca, do grupo Perrotin, também francês, é outra companhia empolgada com as possibilidades de negócios por aqui. Segundo seu presidente, Thierry Renault, a empresa estuda fabricar aqui equipamentos como guindastes e outros para colocação de tubos flexíveis em alto mar. São equipamentos enormes, de até 1.500 toneladas, caso de um guindaste que deve ser entregue no Brasil dentro de dois meses, explica o diretor-técnico, Kara Konate.

 

A Imeca é uma empresa de engenharia que fabrica equipamentos mecânicos que são instalados no mar, tanto em cima de uma plataforma ou navio como em instalações submersas. Há cinco anos, a Imeca começou a fornecer esses equipamentos para a também francesa Technip, fabricante dos tubos flexíveis que ganhou o contrato para o teste de longa duração do campo de Tupi, da Petrobras.

 

Renault calcula em € 2 milhões os investimentos que fará, com possíveis parceiros, para se instalar no país até 2011. "Acreditamos muito no desenvolvimento desse ramo, no futuro do Brasil e na relação entre os dois países", afirma o executivo francês.

 

Os executivos estão no país para participar da 5ª edição da Brasil Offshore, aberta ontem em Macaé, no norte fluminense. O chefe do setor de petróleo e energia da Missão Econômica da França no Rio de Janeiro, Michel Curletto, organizou a participação de 18 empresas francesas na feira. Curletto diz que as pequenas e médias empresas do setor de óleo e gás estão analisando o mercado brasileiro há cerca de três anos. Uma delas, a Bardot, está fechando contrato com a Technip.

 

"As empresas já conhecem o Brasil e o pré-sal é uma oportunidade enorme que se apresenta, tornando o Brasil um dos maiores produtores de petróleo", diz Curletto, que aponta a aproximação do Instituto Francês de Petróleo (IFP) com a Petrobras.

 

A maioria das empresas francesas que participam da feira fabrica equipamentos que hoje são importados por fornecedoras da Petrobras e agora começam a planejar o início da montagem de produtos no país. "Uma parte dos projetos, a de inteligência, continuará sendo feita na França, como as superligadas que suportam altíssimas pressões e temperaturas dentro e fora de suas tubulação", explica o chefe do setor de petróleo e energia da missão econômica. Entre as que planejam se instalar no Brasil e estarão na feira em Macaé estão Advanced Subsea, Aldelia, Ária, Bardot Group, Cubisystem, M. Marine, Techlam, além da Ixsea.

 

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