Redação TN Petróleo/Assessoria
Mesmo com uma taxa de infecção diária por COVID-19 ainda bastante elevada, a mobilidade no Brasil apresentou tendência de alta em abril e maio, o que deu suporte a uma maior demanda por combustíveis. É o que aponta o Relatório de Previsão do Mercado de Petróleo da S&P Global Platts Analytics para a América Latina.
“A demanda por gasolina e etanol no Brasil é resiliente, apesar dos casos crescentes de COVID-19. Para o restante do ano, espera-se um crescimento moderado em relação a 2020”, afirma Lenny Rodriguez, gerente de análise de preços de petróleo e perspectivas regionais da S&P Global Platts Analytics, principal fornecedora independente de informações e preços de referência para os mercados de commodities e energia. Apesar da expectativa de aumento no consumo, a projeção é de que a demanda no terceiro trimestre de 2021 seja 75 mil barris por dia menor do que o registrado no mesmo período de 2019, ano pré-pandemia.
Enquanto o consumo nas bombas subiu, o relatório aponta que as operações de refinaria no Brasil diminuíram acentuadamente em abril. Segundo Rodrigues, a manutenção programada nas refinarias ainda deve limitar a produção e gerar uma média de 1,7 milhão de barris de petróleo por dia no terceiro trimestre de 2021, cerca de 115 mil barris por dia a menos na comparação ano a ano.
Diesel
O relatório da S&P Global Platts Analytics reforça que a agricultura e o transporte têm sido fundamentais para o consumo de diesel no Brasil. Apesar disso, para o terceiro trimestre a demanda ainda deve ficar em cerca de 30 mil barris por dia menor do que o registrado no mesmo período de 2019. “A pandemia, tensões políticas, taxas de desemprego muito altas e a seca severa são situações que adicionam incerteza às nossas previsões”, explica Rodriguez.
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