Petróleo

Déficit pesa na balança e pode ir a US$ 8 bi

Valor Econômico
11/04/2008 09:49
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O déficit da balança comercial de petróleo e derivados (inclusive gás natural e hulha) continua a crescer e pode atingir US$ 8 bilhões este ano. Uma combinação de fatores contribui para as previsões pessimistas: estagnação da produção nacional de petróleo, aquecimento da demanda com o bom desempenho da economia e aumento do consumo de óleo diesel e gás natural após a entrada em funcionamento das usinas termelétricas. 

 

Os dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram que o resultado negativo do ano passado, de US$ 5,68 bilhões, já foi 80% maior do que em 2006. Em 2007, o país importou US$ 3,5 bilhões em gás natural e hulha. O Brasil praticamente não exporta esses combustíveis. 

 

Entre 2003 e 2007, as exportações de petróleo e derivados subiram impressionantes 180%, de US$ 5,7 bilhões para US$ 16 bilhões, conforme a Secex. Só que as importações ganharam fôlego com o crescimento da economia e triplicaram. Em 2003, o Brasil importava US$ 7,4 bilhões em petróleo, derivados, gás natural e hulha. Em 2006, esse valor saltou para US$ 21,8 bilhões. "O petróleo ainda representa quase 20% das importações", diz Fábio Silveira, economista da RC. 

 

Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-estrutura (CBIE), avalia que a conta petróleo está "muito deficitária", porque "a produção brasileira praticamente não cresceu" em 2007, após um período de forte expansão. Ele explica que o atraso na entrega de novas plataformas e paradas de manutenção prejudicaram os planos da Petrobras. Segundo a ANP, a produção brasileira de petróleo aumentou só 1,3% entre 2006 e 2007, para 1,832 milhão de barris/dia. 

 

Os números da Petrobras - maiores que os da ANP - indicam que a produção ficou abaixo da meta prevista pela estatal. No primeiro bimestre, a produção ficou em 1,944 milhão de barris/dia, 5% abaixo da meta para o período, segundo dados da empresa compiladas pelo CBIE. 

 

Para o departamento de economia do Bradesco, o déficit chegou a US$ 8 bilhões nos 12 meses encerrados em março. Só no primeiro trimestre foi de US$ 3,1 bilhões. Se este desempenho se mantiver, a previsão do banco para o superávit comercial do país em 2008 cairá de US$ 27,5 bilhões para US$ 25,5 bilhões. 

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