Preço do barril

Decisão da Opep favorece Petrobras

Redação/Agência Brasil
01/12/2016 10:47
Decisão da Opep favorece Petrobras Imagem: Agência Petrobras Visualizações: 261 (0) (0) (0) (0)

Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) resolveu reduzir a produção para forçar o aumento do preço da commodity vai depender do reflexo e da aceitação da medida no mercado internacional. A conclusão é do professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ernani Torres, para quem a chance de sucesso na elevação do preço seria de 50% a 50%, “porque não adianta armar o jogo e achar que vai levar”.

O professor lembrou que nos anos 80 a Arábia Saudita inundou o mundo de petróleo para dominar e botar ordem no mercado, e o efeito que se esperava, de destruir boa parte da produção nova de cana-de-açúcar, foi muito abaixo do esperado e a iniciativa foi um fracasso.

“Botar ordem no cartel, na hora em que muitos países estão quebrados – como é o caso da Venezuela e do Irã, que é um pouco diferente – é muito difícil. A possibilidade de isso dar certo vai depender do bedel, ou seja, da capacidade que se tenha de subordinar os outros a uma regra comum, e isso não é fácil. Isso se mostrou muito difícil nos anos 1980”, afirmou Ernani Torres.

Para o especialista em economia internacional, o Brasil produtor de petróleo. Portanto, está interessado no que acontece na Opep, a despeito de não participar das decisões. Se a entidade tiver sorte em conseguir a elevação do preço, tanto para o Brasil, como para o estado do Rio de Janeiro e para a Petrobras, o resultado será positivo. Mas se isso não acontecer, a situação brasileira se agrava.

Reação

Em sua avaliação, se a medida funcionar, em um primeiro momento, tendo em vista a crise que o país atravessa, o efeito será benéfico. "Acho que a bolsa subiria, a receita do governo aumentaria. Então, seria positivo. Entretanto, se não der certo, eventualmente, o preço pode cair e chegar até US$ 30 [o barril], e complicaria um pouco mais a situação brasileira do que está hoje. Mas também, isso não resolve a situação do Brasil e nem melhora demais a situação que a gente está vivendo."

De acordo com o professor, o mercado age rápido, e pode haver uma reação de preço em um primeiro momento, mas com o passar do tempo – em duas ou três semanas, ou até meses – nada acontecer. “Não há uma previsibilidade muito clara do que pode acontecer, porque as pessoas reagem cada um à sua maneira. É muito difícil saber como cada uma vai reagir. Acho que se levantar um pouco o preço, de maneira sustentável, e ficar na faixa de US$ 50 ou US$ 60, já será um sucesso", no seu entender.

Ele ressalta, entretanto, que é necessário obsevar o comportamento do mercado em um espaço de três a seis meses, para dizer se funcionou. "Antes disso é muito cedo”.

Em resposta a questionamento da Agência Brasil, a Petrobras informou que não mudará sua estratégia de produção prevista no Plano de Negócios e Gestão.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Margem Equatorial
Petrobras usará tecnologia da Nasa para monitorar a Marg...
16/12/24
PPSA
Produção de petróleo da União ultrapassa 100 mil bpd em ...
16/12/24
Eólica Offshore
Posicionamento IBP - Aprovação do PL de Eólicas Offshore
16/12/24
Etanol
Hidratado volta a cair e anidro fecha valorizado na semana
16/12/24
Energia Eólica
Aprovação do Projeto de Lei 576/2021: Eólicas Offshore n...
13/12/24
Energia Elétrica
ENEL lança edital de chamada pública e libera R$ 59,5 mi...
13/12/24
Oportunidade
Subsea7 abre Programa de Estágio 2025 para diversas áreas
13/12/24
Energia Elétrica
Eletrobras conclui instalação de polos do Innovation Gri...
12/12/24
Hidrogênio Verde
Parceria entre SENAI CIMATEC e Galp viabiliza primeira p...
12/12/24
Petrobras
Novos contratos para construção e afretamento de 12 emba...
12/12/24
Etanol
Lei que regulamenta mercado de carbono no Brasil é sanci...
12/12/24
Termelétrica
Eneva conclui aquisição de usina Gera Maranhão
12/12/24
Sustentabilidade
Ambipar e USP inauguram Centro de Pesquisa e Inovação em...
12/12/24
Apoio Offshore
Omni Táxi Aéreo renova contrato com a TotalEnergies
12/12/24
Avaliação
Brasil ocupa 46ª posição em ranking de competitividade d...
12/12/24
Drilling
Foresea realiza primeira operação de perfuração de poço ...
11/12/24
Transição Energética
Senado aprova programa de incentivo a fontes renováveis
11/12/24
Rio Grande do Norte
Diretor do SENAI-RN aponta oportunidades da transição en...
10/12/24
Oferta Permanente
CNPE aprova inclusão de sete blocos na Oferta Permanente...
10/12/24
Rio de Janeiro
Petrobras, IBP, SINAVAL e ABEEMAR promovem rodada de neg...
10/12/24
Oportunidade
Programa Autonomia e Renda Petrobras abre mais 12,7 mil ...
10/12/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.