O Povo Online
Depois da confirmação de que as Bacias do Ceará e de Araripe estão incluídas no Plano Plurianual de Geologia e Geofísica da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e que para ambas existem investimentos previstos para este ano, o senador Inácio Arruda (PCdoB) traz ao Estado o diretor geral da ANP, Haroldo Lima. Ele será o conferencista do debate que terá como tema “Os projetos de desenvolvimento do Brasil - Energia e petróleo no Cariri”. A promoção, da Universidade Regional do Cariri (Urca), ocorre na próxima sexta-feira, no Crato.
Segundo informações passadas ao senador pela superintendente de Definição de Blocos da ANP, Kátia da Silva Duarte, em março deste ano, na Bacia do Ceará está previsto um levantamento geoquímico onde serão coletadas amostras de assoalho oceânico visando identificar e caracterizar a presença de geração de óleo e/ou gás na bacia através da detecção de exsudações e/ou micro exsudações desses elementos. Ele explica que diante de um resultado positivo desse levantamento será possível a seleção de áreas para a oferta de concessões de blocos em futuras licitações.
A área, conforme informações da ANP, está localizada na porção marítima da Bacia do Ceará, mais precisamente nas extensões das sub-bacias de Piauí, Acaraú e Icaraí. A localização da bacia situada na costa do Nordeste corresponde à porção das margens continentais adjacentes aos litorais dos Estados do Ceará e Piauí e está limitada a oeste pela Bacia de Barreirinhas e a leste pela Bacia Potiguar (RN). A extensão geográfica do levantamento geoquímico abrange uma área de 9.449,54 km².
Na Bacia do Araripe, está previsto um levantamento geoquímico terrestre que consiste na coleta de 2000 amostras de solo, análises laboratoriais e interpretação de dados geoquímicos. Este estudo visa à identificação de possíveis acumulações de hidrocarbonetos em subsuperfície e a delimitação de áreas com maior atratividade exploratória. A ANP informou a Arruda também que as amostras de solo serão coletadas, analisadas e interpretadas, abrangendo uma área total de cerca de 7.500 km². Eventuais amostras de óleo ou gás também serão coletadas em macroexsudações porventura detectadas.
Da mesma forma que na Bacia do Ceará, no caso de se detectar a presença de hidrocarbonetos em parte significativa das amostras coletadas, ocorrerá uma importante elevação da atratividade da bacia. Kátia Duarte disse ainda que apesar de não ter nenhum sistema petrolífero comprovado, a Bacia do Araripe pode vir a ter um interesse exploratório futuro.
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