Siderurgia

CSN investirá R$ 28,2 bi em Minas

Um ano e 10 meses depois de anunciar um grande projeto de expansão em Congonhas, na região central de Minas Gerais, que foi atropelado pela crise financeira mundial, o presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, confirmou, ontem, ao governador A&eacu

Jornal do Commercio
28/10/2009 09:37
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Um ano e 10 meses depois de anunciar um grande projeto de expansão em Congonhas, na região central de Minas Gerais, que foi atropelado pela crise financeira mundial, o presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Benjamin Steinbruch, confirmou, ontem, ao governador Aécio Neves, a retomada de investimentos orçados em R$ 9,5 bilhões na cidade histórica e em Arcos, no sul de Minas, nos próximos cinco anos.

O pacote, que previa a construção da primeira usina produtora de aço da CSN no estado e uma unidade para transformar minério de ferro em pelotas, inclui, agora, uma segunda pelotizadora, além de da expansão da Mina Casa de Pedra e da construção de duas fábricas de matéria-prima para cimento em Arcos, já em andamento. O novo acordo firmado com o governo mineiro completa uma lista de 18 empreendimentos em Minas anunciados ou retirados das gavetas este ano, passada a fase mais crítica da turbulência na economia. Somam R$ 28,2 bilhões que serão desembolsados até 2015 e deverão gerar 19.205 empregos em cidades de diferentes regiões.

Os projetos de maior peso são os dos setores de mineração e siderurgia, os mais afetados pela escassez de crédito e o abismo amargado nas bolsas de valores depois de setembro do ano passado. Steinbruch justificou o atraso do programa de ampliação da produção da CSN, afirmando que seria uma "irresponsabilidade" tocar os planos no cenário anterior de forte queda do consumo no mercado internacional. "Tentaremos antecipar o máximo possível para que depois da obtenção das licenças a construção da siderúrgica seja concluída talvez em 30 meses", afirmou o empresário.

Outra mudança de planos foi anunciada por Steinbruch: a companhia está negociando a entrada de um sócio no projeto da siderúrgica de Congonhas, que deverá absorver boa parte da produção futura de placas de aço e decidiu criar uma nova empresa para reunir os seus negócios em mineração que terá sede em Minas. A nova empresa, formada pelos ativos da Mina Casa de Pedra e os 60% de participação societária da CSN na mineradora Namisa, poderá abrir o seu capital no ano que vem ou buscar sócios.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas, Sérgio Barroso, os investimentos anunciados ou retomados nos últimos sete meses mostram o caminho da recuperação da economia. "Não podemos nos esquecer de que a China (maior parceiro comercial de Minas e do Brasil) está comprando muito mais e nós temos capacidade de continuar a fornecer produtos para a economia chinesa", afirma. Os sinais de reação também chegaram à indústria de máquinas e equipamentos, que enfrentou, da mesma forma, o baque da redução de investimentos no mundo. cimento. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou ontem, por unanimidade, o contrato de fornecimento mútuo de insumos para produção de cimento assinado pela Companhia Siderúrgica Nacional Cimentos (CSN Cimentos) e a Votorantim Cimentos este ano. Pelo acordo, a CSN Cimentos fornecerá material conhecido como escória, utilizado em alto-forno, enquanto a Votorantim Cimentos fornecerá clínquer à CSN.

A fábrica da CSN Cimentos, que marca a entrada do Grupo CSN no mercado de cimento brasileiro, está em vias de iniciar operações, de acordo com as informações fornecidas pela empresa aos órgãos de defesa da concorrência. A CSN Cimentos já tinha um contrato com a Votorantim para entrega de escória. Agora, esse contrato foi renovado, com o acréscimo da contrapartida de fornecimento de clínquer da Votorantim para a CSN.

O prazo de vigência do contrato renovado e também o valor acertado entre as companhias foram mantidos em sigilo pelas empresas. O Cade aprovou em rito sumário o negócio, já que foi considerada uma operação simples e sem prejuízo para a concorrência no setor. Na prática, a operação foi vista como pró-competição no setor de cimentos, pois representa a entrada de um novo competidor, que é a CSN.

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