Que será objeto de um seminário na Câmara dos Deputados.
Unica
Com os reservatórios das regiões mais populosas do país em níveis críticos e o perigo do racionamento e de apagões, cresce o interesse por uma modalidade de geração de energia que existe desde 1987, sempre enfrentando dificuldades institucionais para crescer. Trata-se da bioeletricidade que vem da cana-de-açúcar, que será objeto de um seminário na Câmara dos Deputados, para discutir formas de avançar com essa alternativa energética.
O evento “1º de abril: o dia da verdade sobre a bioeletricidade” está sendo organizado pelo Projeto AGORA em parceria com a Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético e a Comissão de Minas e Energia da Câmara. A Frente Parlamentar é presidida pelo deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP).
“Essa opção é limpa, renovável e abundante, além de localizada perto dos principais centros de consumo do País. Com tudo isso jogando a favor, a bioeletricidade só evoluiu marginalmente por falta de ações governamentais que reconheçam os benefícios dessa forma de gerar energia e viabilizem o crescimento da oferta,” diz Elizabeth Farina, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), uma das 18 entidades e empresas parceiras do Projeto AGORA.
Em três painéis, o seminário vai explorar os obstáculos para o crescimento, a importância para a matriz energética e as formas de avançar com a bioeletricidade. Especialistas do setor sucroenergético, da iniciativa privada e de órgãos governamentais vão compor os painéis, sempre moderados por parlamentares que participam da Frente Parlamentar.
“Se viesse crescendo nos últimos anos, a bioeletricidade poderia estar prestando uma contribuição muito mais significativa para o abastecimento nacional. Certamente a situação hoje não estaria tão difícil. Não podemos repetir esse erro, ou na próxima crise estaremos dizendo a mesma coisa,” afirma Arnaldo Jardim.
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