Jornal do Commercio
O consumo de gás natural pelas indústrias brasileiras cresceu de uma média diária de 27,92 milhões de metros cúbicos por dia em maio para 28,36 milhões de metros cúbicos/dia em junho. Os dados fazem parte do balanço mensal do mercado de gás realizado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e confirmam a tendência de crescimento do consumo industrial do combustível, que vem subindo, gradativamente, desde março.
O Ministério avalia que o crescimento da demanda por gás nas fábricas indica recuperação da atividade industrial após a pior fase da crise econômica mundial. O uso desse combustível nas usinas termelétricas teve uma redução de 1,7 milhão de metros cúbicos por dia de maio para junho – reflexo da abundância de chuvas, que tem possibilitado maior uso da energia de usinas hidrelétricas.
O documento do Ministério revela ainda que a oferta de gás nacional no mercado teve uma importante redução – de 3 milhões de metros cúbicos diários – de um mês para o outro. Isso aconteceu, segundo o governo, por causa da realização de serviços de manutenção em unidades de produção na Bacia de Campos, o que acabou resultando em aumento da queima de gás na atmosfera.
Em junho, o volume total de queima e perda de gás chegou a 13,36 milhões de metros cúbicos diários, montante bem superior aos 9,26 milhões de metros cúbicos perdidos ou queimados em maio.
O Ministério de Minas e Energia admite no documento, divulgado em sua página na internet, que a queima de gás está maior do que o usual devido, também, ao não aproveitamento do gás produzido em plataformas de exploração de petróleo que começaram a operar mais recentemente. Em nota que acompanha o balanço, o ministério prevê que volume de perdas recue em agosto, com a conclusão de obras para escoar o gás da plataforma P-51 e do campo de Jabuti.
Para compensar a menor oferta de gás nacional, a solução foi aumentar ligeiramente a compra de gás boliviano em cerca de 0,4 milhão de metros cúbicos por dia e elevar a regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) em Pecém (CE). Segundo o balanço do Ministério de Minas e Energia, a unidade cearense operou na segunda metade do mês passado com volumes médios de 2,4 milhões de metros cúbicos por dia. O gás foi importado de Trinidad & Tobago.
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