Supercomputador será crucial para acelerar pesquisas, analisar grandes volumes de dados e ampliar sucesso exploratório no pré-sal.
A Petrobras e seus parceiros Shell, Total, CNPC, CNOOC e tendo a PPSA como gestora do Contrato de Partilha da Produção do Consórcio de Libra investiram R$ 63 milhões na ampliação da capacidade de processamento do supercomputador Santos Dumont, que passa a liderar o ranking dos computadores de mais alto desempenho da América Latina. O equipamento será capaz de processar um volume de até 4 quatrilhões de operações matemáticas por segundo (ou 4 PFlops), o equivalente à potência computacional gerada por 4 milhões de laptops típicos. A tecnologia será aplicada em pesquisas de exploração e produção de petróleo e gás e na análise de grandes massas de dados (geofísicos, geológicos e de engenharia) que demandem alta capacidade computacional para cálculos científicos, baseados em ferramentas de inteligência artificial e deep learning.
A ênfase será sobre estudos nas áreas de processamento sísmico e de simulação de reservatórios, além da otimização da perfuração de poços e dos projetos de produção – no pré-sal da Bacia de Santos e, em especial, no campo de Mero. A potência computacional da máquina reduzirá de 10 a 50 vezes o tempo de processamento sísmico, permitindo reduzir incertezas geológicas e aumentar o índice de sucesso exploratório – que consiste na identificação de petróleo comercialmente viável após a perfuração de um poço. Com isso, a expectativa é contribuir não apenas para acelerar os projetos, como também aumentar a precisão das atividades e a segurança operacional.
Instalado no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, o Santos Dumont poderá ser utilizado pela Petrobras, pelos parceiros tecnológicos do Consórcio de Libra e por toda a comunidade científica brasileira. A cerimônia de inauguração da expansão do supercomputador, nesta segunda-feira (25/11), contou com a presença do Gerente Executivo interino do Cenpes, Juliano Dantas, do Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, astronauta Marcos Pontes, além do diretor do LNCC, professor Augusto Gadelha, do presidente da Atos, Nelson Campelo, e do prefeito de Petrópolis, Bernardo Rossi.
“O Santos Dumont é um divisor de águas para a Petrobras, seus parceiros e o meio científico brasileiro, pois tem a capacidade de analisar uma quantidade gigantesca de dados num ritmo muito mais veloz e com muito mais precisão. Estamos empenhados em investir cada vez mais em tecnologias de transformação digital que gerem valor e tragam retorno substancial às nossas atividades de exploração e produção de petróleo e gás”, disse o Gerente Executivo interino do Cenpes, Juliano Dantas.
Com a ampliação, o Santos Dumont passa a ser o maior computador em capacidade de processamento da América Latina. A expansão do supercomputador teve suporte financeiro proveniente da receita de 1% do valor bruto da produção anual de petróleo do campo de Mero. A destinação de recursos para atividades de pesquisa e desenvolvimento é parte das obrigações do contrato de partilha de produção de petróleo.
O campo de Mero é operado pelo Consórcio de Libra e liderado pela Petrobras – com participação de 40% - em parceria com a Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%), e CNOOC Limited (10%). O consórcio tem ainda a participação da companhia estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA), que exerce papel de gestora desse contrato.
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