<P>O Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) aprovou ontem a viabilidade ambiental da construção da correia transportadora da Serra do Mar. O projeto é desenvolvido pela concessionária ferroviária MRS Logística e facilitará o acesso de cargas ao Porto de Santos. </P><P>Pelos planos da MR...
A Tribuna - SPO Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) aprovou ontem a viabilidade ambiental da construção da correia transportadora da Serra do Mar. O projeto é desenvolvido pela concessionária ferroviária MRS Logística e facilitará o acesso de cargas ao Porto de Santos.
Pelos planos da MRS, será possível começar as obras até o final do ano.
Conjunto de esteiras que se estenderá por 18 quilômetros, entre a Vila de Paranapiacaba, em Santo André (no ABC) e o pé da Serra do Mar, em Cubatão, a correia será usada no transporte de minério de ferro do Planalto até a Cosipa.
A aprovação do empreendimento ocorreu na reunião do Consema, órgão formado por representantes do Estado e da sociedade civil, na manhã de ontem, na Capital. No início da sessão, alguns conselheiros chegaram a questionar a tecnologia a ser empregada no sistema, se ela impedirá a perda da carga (e consequente evitará que o serviço acabe poluindo trechos da Serra do Mar) durante o trajeto.
Mas o assunto acabou suspenso. De acordo com o secretário-executivo do órgão, Germano Seara, o tema deverá ser debatido quando a MRS requerer a Licença de Instalação (outra das três autorizações necessárias para o início das obras).
Nos próximos dias, o Consema irá publicar sua aprovação. Isso permitirá que o Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental, da Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo, emita a Licença Prévia (a primeira das três autorizações).
Projeto - A correia transportadora deverá operar 6,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Atualmente, esse volume chega à Cosipa através de vagões (5 milhões de toneladas) e caminhões (1,5 milhão de toneladas).
A entrada em funcionamento das esteiras irá alterar a participação dos vários modais no transporte de cargas ao Porto de Santos. Com a ‘‘perda’’ do minério, a ferrovia poderá receber novos produtos, que hoje chegam a região em carretas. Consequentemente, os acessos rodoviários poderão atender novas mercadorias, sem prejuízo do tráfego.
O projeto da MRS será implantado na linha de serviço da Cremalheira (trecho ferroviário da Serra do Mar explorado pela concessionária), mas não irá atrapalhar o transporte de cargas por vagões existente. A obra custará R$ 120 milhões e deverá demorar um ano e meio.
Segundo executivos da concessionária, cerca de mil trabalhadores serão contratados para o empreendimento, a maioria da Baixada Santista e de Campo Grande (município vizinho à Vila de Paranapiacaba).
Fonte: A Tribuna - SP
Fale Conosco