Pernambuco

Complexo de Suape pode ganhar terminal de açúcar

<P>O Complexo Industrial Portuário de Suape pode ganhar um novo terminal de açúcar, um investimento de US$ 40 milhões, com capacidade estática de armazenagem de 120 mil toneladas. O empreendimento vem sendo tocado em conjunto pelo Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Pe...

Suape
15/03/2007 00:00
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O Complexo Industrial Portuário de Suape pode ganhar um novo terminal de açúcar, um investimento de US$ 40 milhões, com capacidade estática de armazenagem de 120 mil toneladas. O empreendimento vem sendo tocado em conjunto pelo Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Pernambuco (Sindaçúcar) e pela trading inglesa ED & F Man.

As duas partes contrataram a belga Manuport, que está produzindo o estudo de viabilidade do projeto. Nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, os consultores farão uma explanação sobre os pontos iniciais do estudo, com a presença do secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Fernando Bezerra Coelho.

A previsão é que o terminal fique pronto até 2010. O terminal ficará na área secundária do cais 7. Enquanto o novo píer não estiver pronto, o açúcar e outros granéis seriam transportados do terminal ao cais 4, através de esteiras suspensas, por aproximadamente 500m, para embarque direto nos navios. Serão gerados 70 novos postos de trabalho diretos e mais de 200 indiretos.

“O terminal vai complementar o escoamento de uma atividade que gera 110 mil empregos no Estado. É mais uma plataforma de exportação para o açúcar pernambucano, que vai poder atingir novos mercados”, comenta Bezerra Coelho. O empreendimento também irá beneficiar a indústria metal-mecânica, já que será necessário a aquisição de aço, ferro e vigas na construção do terminal.

Novos mercados - A instalação do terminal açucareiro em Suape ganha força após a decisão da Organização Mundial do Comércio, que obrigou a União Européia a retirar os incentivos protecionistas aos produtores de beterraba e açúcar que exportavam para a Ásia e o Oriente Médio. A medida vai criar uma redução de 5 milhões de toneladas das exportações européias. Esse mercado deve ser ocupado por Brasil, Austrália e Tailândia.

“A ED & F Man é uma das maiores compradoras do açúcar brasileiro e faz destinos como o norte da África, o Oriente Médio e o Leste Europeu”, explica o presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha. A tradicional trading inglesa, fundada em 1783 e sediada em Londres, opera cargas de café, cacau, melaço, álcool e açúcar e também trabalha nas áreas de logística, afretamento de navios e fundos de investimentos. É responsável pela negociação de 21% do volume mundial de açúcar a granel e 20% do açúcar em sacos.

A meta da ED & F Man para o mercado brasileiro de açúcar, este ano, é exportar 2,2 milhões de toneladas, sendo 1,5 milhão em granel e 700 mil refinado e cristal.

Um diferencial da empresa inglesa é o uso da tecnologia BIBO, navios-indústria que já empacotam o açúcar. “A luz dos estudos deles, na América Latina, Suape é o porto mais adequado para receber esses navios BIBO, que têm grandes dimensões”, analisa Cunha.
Atualmente, os ingleses possuem um terminal em Antuérpia, na Bélgica, que será desativado. Parte do maquinário, principalmente os shiplouders e as esteiras suspensas, seria trazida para o terminal de Suape.

Vantagens – A construção do terminal açucareiro de Suape garantiria melhores condições de embarque do açúcar branco. Como não existe um terminal no Recife, onde a carga é transportada hoje, ou em Suape, são necessários mais dias de operação, o que gera custos adicionais em relação a portos mais eficientes. Além disso, o terminal também poderia receber cargas de outros estados, como Alagoas.

O novo terminal localizado em Suape não interferiria no volume de movimentação do Porto do Recife. “Nós temos uma vocação e uma operação consolidada no Recife. O porto está em um processo cada vez maior de modernização. A questão de Suape é complementar. Na modelagem que nós estamos definindo o açúcar refinado ensacado, demerara e VHP ficam no Porto do Recife e o açúcar refinado ensacado e a granel irão para Suape”, esclarece o presidente do Sindaçúcar.
 

Fonte: Suape

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