A Sete Brasil fixou prazo para que o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, resolva seus problemas de gestão e apresente soluções capazes de encaminhar a construção de sete sondas de perfuração que o estaleiro ganhou, em licitação, no fim de 2010. "A má notícia é que existe prazo e o prazo é curto. A boa notícia é que temos reuniões diárias com eles [os sócios do EAS] e vejo uma solução próxima. Os sócios estão com interesses convergentes e existe um alinhamento, entre eles, para transformar o estaleiro em uma unidade de produção eficaz, produtiva e que atenda não só as encomendas da Sete, mas também da Transpetro", disse João Carlos Ferraz, diretor-presidente da Sete Brasil.
O EAS foi contratado para construir as sondas pela Sete International, subsidiária integral da Sete Brasil, com sede na Áustria. Segundo Ferraz, existe um diagnóstico por parte da indústria naval e offshore de que o problema do EAS é de gestão. "E eu, como cliente, corroboro essa visão." Os problemas no estaleiro, que recebeu grandes investimentos, provocaram atraso no cronograma de construção de navios da Transpetro e, como consequência, o faturamento ficou aquém do esperado e o EAS tem dificuldades financeiras.
Mas na visão de Ferraz existe uma solução para o EAS que passa por mudança na gestão. Só que, na opinião dele, essa mudança não significa mudar o atual controle, nas mãos da Camargo Corrêa e Queiroz Galvão. A solução é fazer com que o sócio com expertise no negócio, a Samsung, assuma o controle da parte técnica. Mas essa é uma negociação que passa por aumentar a participação acionária dos coreanos no EAS.