Em reunião realizada na manhã de ontem, no Ministério Público do Trabalho (MPT), a Companhia Docas do Ceará se comprometeu a custear, por um período máximo de três meses, tripulação mínima de segurança aos seis marinheiros búlgaros do navio Seawind. A medida visa garantir a segurança das instalações do Porto do Mucuripe e das operações portuárias.
Os valores que forem gastos terão de ser ressarcidos, posteriormente, pelo proprietário da embarcação búlgara, que utiliza bandeira panamenha.
Na reunião, presidida pelo procurador-chefe do MPT cearense, Nicodemos Fabrício Maia, também ficou certo que a tripulação será composta sempre por dois estrangeiros e quatro brasileiros, a fim de permitir que haja revezamento entre os marinheiros búlgaros.
A Coordenadoria de Direitos Humanos do Estado do Ceará, através do representante Roger Cid Miranda, se comprometeu a fornecer medicamentos à tripulação, hospitalização e auxílios básicos de saúde e água potável.
Todos os acordos foram firmados mediante contato telefônico com a tripulação, que está em pousada na Praia de Iracema. A médica do MPT, Ayla Maria Cavalcante Sales, identificou que, dos quatro marinheiros resgatados na última sexta-feira, três são hipertensos, dos quais dois são também diabéticos. Outro marinheiro tem problemas nos rins.