Biogás

Comitê discute produção, utilização e mercado do biogás no Mato Grosso do Sul

Redação TN Petróleo/Assessoria
20/03/2023 15:17
Comitê discute produção, utilização e mercado do biogás no Mato Grosso do Sul Imagem: Divulgação Visualizações: 1621

Noções básicas sobre energéticos: biogás e biometano. Esse foi o tema do primeiro encontro do ano do comitê integrado pela MSGÁS, Agência Reguladora de Serviços Públicos (Agems), Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul (Fiems), Imasul e Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). Durante o encontro no auditório da Universidade da Construção, em Campo Grande, especialistas no assunto trocaram experiências sobre produção e mercado.

Para o diretor-presidente da MSGÁS, Rui Pires dos Santos (foto), a iniciativa da Agems, de criar grupo de trabalho para discutir o assunto é muito importante, porque neste momento que as distribuidoras de gás natural de todo o País lançaram o desafio de buscar novas meios para incentivar a produção de energia alternativas.

“As regras são novas e estamos aprendendo com essa troca de experiência. Já fizemos uma chamada pública e tivemos alguns interessados, isso vai levar a MSGÁS a crescer em tecnologia. O nosso Estado é muito promissor, temos muitas indústrias, o mercado sucroalcooleiro, pecuária, suinocultura, tudo o que propicia a produção do biometano”, enfatizou.

Na ocasião, um case de sucesso foi apresentado pelo diretor executivo da Methanum, do grupo Adecoagro, doutor em saneamento, Luis Felipe Colturato. Estudioso do assunto há pelo menos vinte anos, ele falou os avanços tecnológicos na produção do biometano e biogás, começando pela Europa até chegar no Brasil. “Em pouco tempo, acredito que o Brasil possa se tornar uma potência mundial na produção do biogás”, afirmou durante sua palestra. De acordo com ele, Mato Grosso do Sul, sai a frente neste cenário por ser um grande produtor de gado e substratos para a produção do biogás.

“A AGEMS pensou nesse comitê para trocar experiências e adquirir conhecimento com quem sabe, pois conhecimento nunca é demais, quando se trata de algo novo. A AGEMS quer colaborar com quem precisa e está à disposição dos parceiros, sempre com o objetivo maior de trabalhar para que Mato Grosso do Sul avance ainda mais nesse sentido”, disse o presidente Carlos Alberto de Assis.

As perspectivas do mercado de distribuição do biometano em Mato Grosso do Sul foram trazidas na fala da engenheira de produção e diretora de produção da MSGÁS, Regiane Schio.

A produção do biogás e biometano é o case da Adecoagro em Ivinhema, representado pelo gerente corporativo de suprimentos da empresa, Mariano José Santis. Ele é o responsável do grupo pelo processo de compras, cadeia de suprimentos e armazenagem, incluindo necessidades de planejamento, controle de estoque e logística.

Segundo Mariano, atualmente a Adecoagro tem utilizado apenas 3% do potencial de produção. “Estamos testando veículos leves e pesados. Temos dez leves e quatro pesados abastecidos por biometano produzido por nós. Nossa produção continua a crescer e à medida que formos expandindo teremos a possibilidade de adaptar outros veículos”, explicou.

A partir da vinhaça, a usina em Ivinhema produz 4,2 milhões de m³ de biogás, que é transformado em energia térmica e utilizado na geração de energia elétrica. Após o biogás passar por processo de purificação, ele gera 2,3 milhões de metros cúbicos de biometano, que será utilizado na substituição do óleo diesel dos veículos da indústria. De acordo com a empresa, o potencial anual de emissões evitadas é de 100 mil toneladas de CO2eq (Equivalência em dióxido de carbono) e de 57 mil toneladas de Metano (CH4).

De acordo com o secretário-executivo da Semadesc, Rogério Beretta, que também esteve presente no evento, o Governo do Estado já incentiva o uso de biogás por meio do Programa Leitão Vida. “O programa incentiva a produção de biogás e sua utilização para a geração de energia, e já temos ações alinhadas para esse uso de biogás. Isso é de extrema importância tanto para o meio ambiente como para fonte de renda para o produtor. Então, isso é uma política da da incentivar a produção de biogás e a transformação do biogás em energia elétrica. No leitão vida isto já ocorre e vamos levar isso para outros programas também”, enfatizou.

No caso da vinhaça em termos de resíduos agrícolas, Beretta destacou que a usina Adecoagro é pioneira, mas o Estado já criou também um programa que prevê incentivos na adoção destas tecnologias. “No próximo mês vamos conhecer a produção de biogás a partir da vinhaça na usina. E a meta do Governo é também incentivar esta geração de energia de biogás por meio de resíduos agrícolas em um trabalho conjunto aí em parceria com a Biosul, para poder levar isso para as outras usinas”.

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