Folha de Londrina
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse sexta passada (28) no Rio que não vê necessidade de aumentar os preços dos combustíveis até o final do ano. Apesar do aumento constante no preço internacional do barril de petróleo, a Petrobras vem mantendo o valor do litro de gasolina e de diesel. O último aumento ocorreu em setembro de 2005.
O comentário de Lobão foi feito na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), após visita ao local realizada pela manhã. Indagado sobre a possibilidade de um aumento nos preços, o ministro fez uma pausa e começou a dizer que neste caso o silêncio falava por si mesmo. Interrompido por um jornalista que insistiu na possibilidade do aumento ocorrer, Lobão pontuou: ''Eu acredito que não haverá (aumento) até o final do ano''.
Depois de visitar a EPE, o ministro seguiu para a sede da Eletrobrás e de Furnas, onde também realizaria visitas técnicas . Segundo ele, também está agendada para a próxima semana visita à Petrobras. ''Estou conhecendo de perto todos os órgãos ligados ao Ministério de Minas e Energia'', disse.
O ministro afirmou ainda que seu nome não foi indicado ao conselhos administrativos das duas estatais, Petrobras e Eletrobras, porque existem dúvidas de natureza jurídica sobre a legalidade de um senador participar do conselho. ''Estamos ainda averiguando esta possibilidade, mas parece que há um empecilho'', disse.
Petróleo
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse ontem, em Santos, que a maior parte das reservas de gás e petróleo da Bacia de Santos está no território paulista. Entre os vários compromissos que teve durante a sexta-feira na Baixada Santista, o primeiro foi uma visita à sede da Unidade de Negócios da Bacia de Santos da Petrobras, onde Mercadante discutiu a divisão de royalties da estatal entre os municípios.
''Eu acho que São Paulo demorou a entender que mais uma vez é muito privilegiado na história por recursos naturais fantásticos. A concentração de jazidas no Estado é muito grande e as perspectivas são muito promissoras'', disse o senador, afirmando que há outros cinco poços na área de pré-sal totalmente em São Paulo, e que as perspectivas dessas jazidas são tão fantásticas quanto às de Júpiter, quanto é Tupi. ''É uma questão de muito pouco tempo saberemos o tamanho dessas reservas'', disse.
Segundo o secretário, os interesses do Estado precisam ser defendidos, pois o impacto do petróleo na economia paulista será ''uma das grandes forças motrizes'' nos próximos anos.
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