O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom ) divulgou hoje (19) os números do mercado de combustíveis no Brasil em 2011 e os desafios do setor para os próximos anos. O crescimento estimado da indústria para este ano é de 2,8%, com destaque para a gasolina e o diesel.
Em 2011, a gasolina teve aumento de participação de 18,3% com relação aos dados do ano passado. O crescimento é ainda maior levando-se em conta apenas as empresas do Sindicom, onde houve acréscimo de 19% no período 2010-2011. Já o óleo diesel teve um saldo positivo de 4,6%.
Outro produto que teve destaque no cenário de combustíveis foi o Querosene de Aviação (QAV) que cresceu 13,6% em 2011, apoiado principalmente ao aumento na demanda do mercado de aviação no país, que vem crescendo muito nos últimos anos e a expectativa é para um aumento ainda maior, com eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas.
Já o etanol vem perdendo mercado nos últimos dois anos, com queda de 28,4% no setor. Segundo os dados, a produção de etanol hidratado vem caindo nos últimos dois anos e não está acompanhando o crescimento da frota de veículos flex fabricados no Brasil. Este ano, em dezembro, foi a primeira vez que o etanol não foi mais vantajoso que a gasolina em nenhum estado do país.
Para o presidente do Sindicom, Alísio Vaz, o etanol é o grande desafio do mercado de combustíveis no ano que vem. Segundo ele, apesar do fraco desempenho, o atendimento de álcool ao consumidor está garantido. "Somente teremos aumento de oferta com investimentos, por isso, só veremos uma melhora no cenário a partir de 2014", afirmou.
Quem também vem perdendo mercado é o óleo combustível, muito usado nas usinas termelétricas e que está sendo substituído pelo gás natural.
Sobre o diesel S50, de baixo teor de enxofre, que será adotado em todo o país a partir de janeiro de 2012, Alísio Vaz disse que em janeiro já estarão adaptados e prontos para abastecimento, aproximadamente 1200 postos. Até o fim do ano, a rede com S50 chegará a três mil postos.