Redação
Com o preço dos combustíveis líquidos sofrendo sucessivos aumentos, a conversão para o gás natural veicular (GNV) em automóveis aparece cada vez mais nos planos de motoristas que procuram formas viáveis e baratas de substituir a gasolina ou o etanol. Além de mais barato – chegando a ultrapassar a marca de 50% de economia frente à gasolina e o álcool – o GNV também é considerado mais seguro que os combustíveis concorrentes.
Com isso, o número de veículos com GNV segue crescendo. Segundo dados do DETRAN-PE (janeiro 2020), Pernambuco possui 62.398 veículos movidos a gás natural, o que representa aumento de 18% em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse crescimento se reflete, também, no número de kits gás instalados no Estado. De acordo com os registros da Copergás, aproximadamente 800 kits gás foram instalados, mensalmente, em 2019, resultando no incremento de 9.602 novos carros à frota existente.
Uma das principais vantagens é o fato do GNV se dissipar no ar, em caso de vazamento. Sua queima é, reconhecidamente, uma das mais limpas, com baixo nível de emissão do monóxido de carbono. Para tanto, a recomendação é que os kits sejam instalados em oficinas credenciadas pelo Inmetro.
O GNV segue rígidos processos e o kit gás passa por uma inspeção anual, além do teste de cilindro a cada cinco anos. A instalação inadequada, em oficinas não autorizadas, pode causar desde sérios problemas à saúde do veículo, até graves explosões, como a que ocorreu no último sábado (15), num posto localizado em Paulista, Região Metropolitana do Recife. O cilindro do acidente estava condenado, mas, mesmo assim, foi instalado no veículo.
Já as instaladoras credenciadas utilizam materiais seguros. O tanque pressurizado em forma de cilindro é feito em peça única, sem partes soldadas. Além disso, utiliza aços especiais de alta resistência à pressão, que suportam projeteis disparados por armas de fogo de baixo calibre, por exemplo. Todo o sistema de alimentação, injeção e controle é certificado pelo Inmetro, garantindo a segurança do equipamento.
Antes de fazer a instalação, deve ser feita uma avaliação das condições do veículo, verificando se existem problemas nas instalações mecânica e elétrica, que poderão interferir no seu funcionamento futuro.
Outro cuidado é verificar se a oficina instaladora está registrada pelo Inmetro e em dia com seu Certificado de Registro de Instalador – CRI, o que significa que o instalador passou por uma avaliação técnica exigida a cada 18 meses, realizada pelos Órgãos Delegados do Inmetro nos Estados.
Para consultar a relação de instaladores registrados no País, o proprietário do veículo pode acessar o site do Inmetro: (http://www.inmetro.gov.br/inovacao/oficinas/).
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