Rede Biomar, que reúne cinco projetos patrocinados pela Petrobras, lança Planejamento Estratégico para os próximos dez anos
Redação TN Petróleo, Agência PetrobrasA Rede Biomar, que reúne cinco dos principais projetos voltados à preservação oceânica no Brasil, lançou seu planejamento estratégico para o período de 2021 a 2030 com o objetivo de gerar transformações socioambientais positivas, notáveis e mensuráveis para a conservação da biodiversidade marinha e a promoção de um oceano sustentável. A rede reúne os projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Coral Vivo, Golfinho Rotador e Meros do Brasil, todos apoiados pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, e que são referências internacionais de conservação das espécies com as quais trabalham.
Com o planejamento para os próximos anos, a Rede, criada em 2007, pretende também associar a conservação marinha à transformação socioambiental das regiões de atuação dos projetos. Ele considera que será necessária uma série de transformações ecológicas, econômicas e culturais que levem a uma transição para a conservação da biodiversidade marinha e dos oceanos. Os projetos integrantes da Rede Biomar desenvolvem atividades diretas em 65 municípios do Brasil, além de Fernando de Noronha e do Atol das Rocas, abrangendo 12 estados e 34 unidades de conservação marinhas e costeiras.
O planejamento até 2030 focará suas ações em seis eixos estratégicos de atuação: a geração de conhecimento com aplicação direta na conservação marinha e foco na busca por soluções; a socioeconomia dos recursos marinhos, fomentando a transição para atividades mais sustentáveis; a conscientização com foco em mudanças de comportamento; a conservação direta da biodiversidade marinha com ações voltadas para espécies prioritárias; as políticas públicas, com contribuições para sua elaboração e acompanhamento; e a promoção de inclusão social, com impacto socioambiental positivo.
Em relação ao planejamento anterior, uma das principais novidades será o eixo da socioeconomia dos recursos marinhos. Os projetos buscarão incentivar práticas e modelos de negócios e empreendimentos que valorizem o ambiente marinho e sua biodiversidade, nos ramos do turismo, da pesca e em outras interações com o ambiente costeiro e marinho, como por exemplo a ocupação da orla, associando a geração de renda com atividades econômicas ligadas ao oceano. A avaliação da saúde do oceano é outra novidade deste planejamento. Cada projeto vai monitorar, em suas áreas de atuação, parâmetros como qualidade da água, capacidade do oceano de prover alimentos, armazenamento de carbono e diversidade de espécies, entre outros.
“A atuação em rede é um dos pilares do Programa Petrobras Socioambiental e amplia muito a ação dos projetos, fortalecendo a colaboração entre eles e otimizando esforços. Temos um investimento de longo prazo na Rede Biomar, que contribui e contribuirá de forma relevante para termos um oceano mais bem conhecido, mais saudável, rico em biodiversidade, resiliente e produtivo”, afirma a gerente executiva de Responsabilidade Social da Petrobras, Olinta Cardoso. Até 2024, a empresa prevê investir R$ 55 milhões nos projetos da rede.
O planejamento prevê ainda o reforço da mensuração dos resultados intermediários e finais por meio de indicadores, além de averiguar de maneira contínua o grau de contribuição da Rede às políticas públicas e avaliar o nível de implementação de práticas mais sustentáveis de uso dos recursos marinhos. O decênio deste planejamento coincide com a Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030), que foi um dos elementos inspiradores desse plano. Outros importantes norteadores são os Planos de Ação Nacionais para a Conservação da Biodiversidade (PANs/ICMBio), a Agenda 2030 (agenda de direitos humanos das Nações Unidas) e seus Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o próprio Programa Petrobras Socioambiental, alinhado à Política de Responsabilidade Social da empresa.
Resultados alcançados
Em 2021, as atividades desenvolvidas pelos projetos da Rede Biomar abrangeram 93 espécies em ações de proteção, monitoramento e identificação, além de cerca de 170 mil pessoas envolvidas em atividades de educação e formação. Nos anos anteriores, entre os principais resultados alcançados pelos projetos que integravam a Rede estão a contribuição para a recuperação da população de baleias jubarte; a saída da baleia jubarte e do albatroz-de-sobrancelha da lista nacional de espécies ameaçadas; mais de 40 milhões de filhotes de tartarugas protegidas e devolvidas ao mar; o desenvolvimento de pesquisas sobre os efeitos da mudança climática para tartarugas e organismos recifais; coordenação ou execução de ações de seis Planos de Ação Nacionais (ICMBio) para conservação de espécies; nove milhões de participantes em ações de sensibilização; mais de 170 mil beneficiados em ações de capacitação e geração de renda; e o apoio à criação e manutenção de mais de 20 áreas marinhas protegidas.
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