A EPM – Empresas Públicas de Medellín, Colômbia, contratou a Universidade Pontifícia Bolivariana, para avaliar a qualidade do ar respirado naquela região, as causas observadas de deterioração e as opções de melhorar as condições então existentes. O estudo concluiu que 78% da poluição existente era proveniente de fontes movéis veiculares, 21% de origem industrial e 3% de ordem natural .
Os efeitos dessa poluição sobre a saúde da população, foram consideradas preocupantes, tais como o aumento da freqüência do câncer pulmonar, mortes prematuras, severos sintomas respiratórios, irritação dos olhos e do nariz, agravamento de casos de asma e enfermidades cardiovasculares, entre outros. Foi avaliado também, que com a venda de número maior de veículos, a cada ano, a tendência é o agravamento desse estado de coisas.
Foi também observado, que a conversão para gás natural de 5700 veículos leves, que antes utilizavam gasolina ou diesel, propiciou uma redução de 32% de óxidos de nitrogênio, 43% de combustíveis orgânicos voláteis, 93,5% de dióxido de enxofre, e 28% de gás carbônico, na área metropolitana da cidade.
Diante desse quadro, foi recomendado e adotado pela municipalidade, a utilização de ônibus movidos a GNV, como tem ocorrido na maioria das cidades européias e norte-americanas. Para realização das Olimpíadas Mundiais na China, o governo chinês decidiu empregar exclusivamente o transporte coletivo movido a gás natural, no sentido de contar com uma atmosfera mais limpa e como uma forma de se apresentar perante o mundo, como uma nação atenta e preocupada com a melhoria das condições ambientais.
Com a mudança para gás natural, a expectativa é a de obter uma redução de 90% ou mais, na emissão de metais e hidrocarbonetos aromáticos, causadores de doenças pulmonares, especialmente o câncer. O estudo determinou que o uso de GNV não emite valores significativos de particulados, nem óxidos de enxofre, principais precursores de enfermidades respiratórias.