<P>A Companhia das Docas do Estado da Bahia investiu R$ 47 milhões e 250 mil reais nos portos de Salvador, Aratu e Ilhéus em 2006. Esses recursos destinaram-se a obras de ampliação e modernização, sistema de acesso terrestre e marítimo, e tecnologia de informação para gestão portuária, bu...
Tribuna da BahiaA Companhia das Docas do Estado da Bahia investiu R$ 47 milhões e 250 mil reais nos portos de Salvador, Aratu e Ilhéus em 2006. Esses recursos destinaram-se a obras de ampliação e modernização, sistema de acesso terrestre e marítimo, e tecnologia de informação para gestão portuária, buscando tornar os portos baianos competitivos e eficazes, além de sustentáveis ambientalmente.
“Nossas ações partiram de um planejamento estratégico, levando em conta as grandes transformações experimentadas pela atividade portuária em todo o mundo”, afirma o ex-presidente da Codeba, Fernando Schmidt, que deixou o cargo na última sexta-feira para ser chefe de Gabinete do governador Jaques Wagner.
No Porto de Salvador, foram investidos R$ 28 milhões e 800 mil reais em obras e serviços, como o final da implantação do Sistema de Segurança Portuária (ISPS Code), instalação da primeira etapa do Porteiner, dragagem de manutenção e aprofundamento, contenção do cais Ponta Sul, recuperação das sub-estações elétricas e de iluminação, Complexo Administrativo Único, Plataforma de Fiscalização Fitossanitária e estudos e projetos para a primeira etapa da construção de dois berços de atracação com retroárea no prolongamento do cais de Água de Meninos.
No Porto de Aratu, os investimentos atingiram R$ 11 milhões e 300 mil reais, em obras como construção do Complexo Administrativo Único, final da implantação do Sistema de Segurança Portuária, dragagem de manutenção, iluminação do pátio de estocagem, e recuperação e modernização dos equipamentos destinados à movimentação de cargas. Já em Ilhéus, foram aplicados R$ 7 milhões no final da implantação do Sistema de Segurança Portuária, dragagem de manutenção e construção de uma retroárea de 200 mil metros quadrados.
Pela primeira vez em sua história, a Companhia apresentou ao Ministério dos Transportes e Casa Civil do governo federal, um planejamento de ações até 2010 para a modernização e ampliação dos portos baianos. As ações apresentadas estão estimadas em R$ 338.674.910,00 para o Porto de Salvador, R$ 286.207.758,00 para o Porto de Aratu e R$ 89.367.957,00 para o Porto de Ilhéus. “Tratam-se de obras importantes para dotar o porto público de infra-estrutura para competir no mercado interno e externo”, afirmou Schmidt.
Outra medida inédita foi a constituição de uma comissão especial para analisar e sugerir a melhor opção quanto à utilização da ponta norte do cais Água de Meninos do Porto de Salvador. Há várias propostas de empresas interessadas em investir nesta área, como também estudos e projetos da Codeba para instalação de um portêiner, no valor total de 13 milhões de reais. A comissão é formada pelos diretores da Codeba, José Fidelis Augusto Sarno - Infra-estrutura e Gestão Portuária, Newton Ferreira Dias - Gestão Financeira, e Horácio Matos Neto - Gestão Administrativa, e terá o prazo de sessenta dias para apresentação do relatório final.
A Codeba vem desenvolvendo um processo de reestruturação organizacional, com a elaboração do plano diretor de informações e a implantação de projetos e ações já voltados para o chamado “porto sem papel”. Essas ações incluíram a inauguração da Plataforma de fiscalização fitossanitária visando a articulação eletrônica entre o Porto de Salvador, a Receita Federal e o Ministério da Agricultura; implantação do pregão eletrônico que possibilita a rapidez, praticidade e transparência nas licitações, além disso, a participação de um número maior de fornecedores e conseqüente redução de preços; implantação do ISPS Code, com instalação de equipamentos de alta tecnologia para monitoramento e controle de circulação de pessoas, veículos e cargas, fundamental para a obtenção da certificação da Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Conportos), habilitando as unidades baianas a operar com portos de todo o mundo; inauguração do Complexo Administrativo Único para concentrar todos os órgãos envolvidos na liberação de cargas para embarque e desembarque, como também para atracação e desatracação de navios.
Ao mesmo tempo em que se cuidou da eliminação dos gargalos para o restabelecimento da competitividade e o incremento da produtividade, começaram a ser abertas alternativas reais para atração de novos negócios. A movimentação de cargas, via arrendamento ou outras formas de parcerias, pode gerar um incremento de 18 milhões de toneladas nos próximos cinco anos. Fernando Schmidt destaca, entre os projetos, no Porto de Salvador a Bahia Pulp (celulose) e Grupo Wiso (açúcar e cimento); Porto de Aratu a Bunge Alimentos (soja), Grupo Wiso (minérios), Bahia Mineração Ltda (minérios), Vopak (diodisel), Grupo Caboto (minérios), Stradicon (minérios), Oil Tanking (estocagem de matéria prima), Braskem (para a construção de píer privado de líquidos); Porto de Ilhéus a Agrenco do Brasil (soja), Grupo Carajás (minérios) e Grupo Lachman (pallet de madeira)
“Toda a programação de investimentos da Codeba está articulado com uma visão de planejamento estratégico”, afirma Schmidt. “A Codeba investe sobretudo no Plano Diretor Portuário do Estado da Bahia, que irá definir os rumos e as estratégias do sistema portuário baiano nos próximos 25 anos”, completou. O plano irá mapear as necessidades logísticas em termos de construção de portos e de modais de transportes, como também identificar novas áreas em função do desenvolvimento da economia do Estado. Estudos e projetos estão sendo desenvolvidos para a melhoria dos acessos terrestres, seja no modal ferroviário e rodoviário, como a via portuária exclusiva acoplada a uma retroárea remota, que irá fazer a ligação entre a BR-324, principal eixo rodoviário de penetração na cidade, e o Porto de Salvador; recuperação do acesso ferroviário a Salvador e ligação deste trecho com a via férrea que vai até Juazeiro; restabelecimento da ligação ferroviária ao Porto de Aratu; e a expansão do cais da ponta Norte - Água de Menino do Porto de Salvador.
Fonte: Tribuna da Bahia
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