Redação TN Petróleo/Assessoria
A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) publicou, em dezembro de 2020, parecer favorável para a execução do projeto Cidades Sustentáveis. Com a aprovação, as empresas envolvidas comemoram este mês a assinatura do contrato de compra e venda de biometano. O projeto, que inclui o plano de construção de planta de biogás, é inovador e foi lançado na Agrishow de 2019 por meio de uma parceria entre a GasBrasiliano, empresa distribuidora de gás natural que atende a região noroeste paulista, a Usina Cocal e a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA).
O projeto, que contempla investimento estimado em R$ 160 milhões, sendo R$ 30 milhões da GasBrasiliano para construção de 68 quilômetros de rede de distribuição e R$ 130 milhões da Cocal na produção de biometano, aguardava a aprovação do órgão regulador. Por parte da usina, o empreendimento de construção da planta já está concluído em mais de 70%, demonstrando a total viabilidade do projeto. A previsão para o início da distribuição do biometano a Presidente Prudente é julho de 2022. O potencial de produção da planta é de 24 mil m³/dia de biometano (8,9 MM m³/ano).
Por meio da rede de distribuição que será construída pela GasBrasiliano, o biometano (produzido a partir de vinhaça, palha e torta de filtro - resíduos do processamento da cana-de-açúcar), partirá de Narandiba, cidade onde a Cocal está localizada, e poderá atender residências, comércios, indústrias e veículos leves e pesados (GNV) de Presidente Prudente, além de Pirapozinho, também contemplada no projeto, promovendo diversidade energética, competitividade à indústria e fomento à expansão da rede em regiões mais distantes.
“Estamos muito felizes com a concretização deste projeto que viabilizará a chegada do gás a novos municípios que se encontram distantes do gasoduto de transporte. A região oeste é a que concentra a maior quantidade de usinas sucroalcooleiras de São Paulo e, por meio de uma nova fonte de suprimento renovável, este modelo poderá inclusive ser replicado a outras regiões, contribuindo com o aumento da participação do gás na matriz energética”, afirmou o diretor técnico comercial da GasBrasiliano, Paulo Lucena.
“A demanda por biogás na região do Oeste Paulista tem aumentado significativamente nos últimos anos e, como produzir energia limpa e renovável é uma das frentes do nosso negócio, identificamos uma tecnologia capaz de garantir a produção desse gás por doze meses e não apenas no período de safra”, afirmou o diretor superintendente da Cocal, Paulo Zanetti. Ainda segundo ele, a produção constante será benéfica para a sociedade e para o meio ambiente, pois oferecerá uma nova fonte de energia limpa para consumo, contribuirá para o desenvolvimento regional e garantirá uma destinação nobre para os resíduos industriais.
“O projeto “Cidades Sustentáveis” vai explorar mais uma vertente energética da cana-de açúcar ao transformar a vinhaça, que é um rejeito, em biometano. Essa solução vem ao encontro da política energética do Governo do Estado que busca conciliar desenvolvimento regional com geração de emprego, renda, com sustentabilidade socioeconômica e ambiental”, afirmou o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido.
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