Redação TN Petróleo/Assessoria Fapesp
O evento “Indústria 4.0 – A nova revolução industrial e seus avanços”, que a FAPESP e o Instituto do Legislativo Paulista (ILP) realizam na próxima segunda-feira (07/12), pretende mostrar como diferentes atividades econômicas se beneficiam do desenvolvimento de novas tecnologias disruptivas, como internet das coisas (IoT) e inteligência artificial (IA).
O evento conta com o apoio da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (Frepem) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e será transmitido ao vivo, das 15h às 17h, no canal da Rede Alesp no Youtube.
Essas novas ferramentas e a combinação de diferentes bases científicas e tecnológicas têm proporcionado significativos ganhos de produtividade e qualidade nos processos empresariais. A chamada revolução 4.0 propicia a criação de novos mercados e modelos inovadores de negócio e afeta praticamente todos os segmentos da atividade humana, exigindo novos perfis profissionais. Quatro pesquisadores – que também atuam profissionalmente – vão mostrar as diferentes aplicações, os impactos e necessidades desse novo cenário.
O diretor e sócio-fundador da PPI-Multitask, Marcelo F. Pinto, um dos palestrantes do evento, antecipa que automação do chão de fábrica, do ponto de vista da indústria 4.0, não pode ser resumida a mais robotização e automação. “A ideia da IoT é conseguir informações, gerar dados, para se obter visibilidade digital e on-line de como estão os ativos das fábricas. Mas para fazer a informação do chão de fábrica fluir precisamos da integração dos vários sistemas de automação disponíveis”, diz. “É esse conjunto que possibilitará o uso da inteligência artificial na identificação e na solução de problemas com mais rapidez para, assim, ganhar produtividade."
O neurorradiologista Edson Amaro Júnior trará sua experiência à frente da área de big data analytics do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. Ele apresentará alguns casos específicos e falará sobre os desafios para adoção da tecnologia em larga escala no setor de saúde. “Ferramentas de big data e inteligência artificial adotadas em contextos intra-hospitalares e também na saúde populacional têm permitido novas formas de melhorar atendimento ao paciente”, diz.
Manter a competitividade do Brasil no cenário mundial da produção de alimentos exige se apropriar das ferramentas tecnológicas já desenvolvidas ou em processo de evolução. “Com o avanço da digitalização no campo e uma maior geração de dados por meio de sensores e imagens de satélite, por exemplo, o agronegócio irá vivenciar nos próximos anos cada vez mais benefícios oriundos da aplicação da inteligência artificial para melhorar a tomada de decisão e eficiência no manejo das lavouras”, afirma Guilherme Raucci, diretor de novos negócios da Agrosmart, startup que conta com o apoio da FAPESP dentro do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).
O pesquisador Francisco Louzada Neto, do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), contribuirá com sua experiência acadêmica. Ele afirma que a implantação da indústria 4.0 vem acompanhada da geração de imensas massas de dados e da necessidade de mais capacidade analítica de quem as maneja. Nesse contexto, é crucial a formação de um profissional capaz de atuar eficazmente dentro desse novo universo de dados corporativos. O pesquisador faz uma provocação: “Estamos preparados para atender a essa demanda?"
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