China, o principal país poluente do planeta, prevê investir US$ 738 bilhões no desenvolvimento de energias limpas nos próximos dez anos, com o objetivo de reduzir sua dependência de carvão e suas emissões de gases de efeito estufa.
Esse dinheiro será destinado a desenvolver energias nuclear, eólica e de biomassa, explicou um dirigente chinês da administração nacional de energia, Jiang Bing, segundo um resumo publicado no site do governo.
Os fundos também serão destinados às tecnologias de "carvão limpo" e a melhora das redes elétricas, acrescentou. "Em 2020, a dependência da China de carvão se verá muito reduzida".
A China depende em 70% do carvão como fonte de energia. Em 2015, essa porcentagem deverá reduzir-se 63%, segundo Jiang. Segundo as Nações Unidas (ONU), a China gastou US$ 34,6 bilhões em energias limpas em 2009, em alta interanual de 50% em relação ao ano anterior.
Enquanto prepara o aporte bilionário em energias limpas, o maior vazamento de petróleo conhecido na China já havia mais do que duplicado ontem, fechando praias no mar Amarelo e fazendo com que autoridades ambientais dissessem que o espesso petróleo bruto representa uma severa ameaça à vida marinha e à qualidade da água na região.
"Estive em algumas baías hoje e vi que elas estão quase inteiramente cobertas de óleo negro", disse Zhong Yu, funcionária do grupo ambientalista Greenpeace China. "O petróleo é meio sólido e meio líquido e é pegajoso como asfalto", disse ela. O petróleo se espalhou por mais de 430 quilômetros quadrados em cinco dias, desde que um oleoduto explodiu no movimentado porto no nordeste do país.