A petroleira norte-americana Chevron recebeu na quinta-feira (29) a terceira autuação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) pelo vazamento no Campo de Frade, em novembro. Esta punição é pela empresa ter descumprido o plano de desenvolvimento do campo - que envolve a perfuração do poço, que sofreu uma ruptura e permitiu o vazamento de petróleo por fissuras no fundo do mar.
O plano de desenvolvimento do campo havia sido aprovado pela agência, que não detalhou em qual ponto a empresa não cumpriu com o previsto. O valor da multa não foi estipulado ainda, segundo a ANP.
A primeira autuação foi justificada pelo descumprimento do próprio plano de abandono do poço em Frade - por onde vazaram entre 2.400 e 4.000 barris de óleo — e que havia sido apresentado pela Chevron. A segunda autuação foi aplicada por adulteração de dados sobre o monitoramento do fundo do mar, quando a empresa editou parte das imagens que deveriam mostrar os locais por onde o petróleo estava vazando. Juntas, as três autuações podem custar à Chevron R$ 150 milhões, caso se decida aplicar a multa máxima para cada uma delas, que é de R$ 50 milhões.
A Chevron também já foi multada em R$ 50 milhões pelo Ibama, mas a companhia recorreu.