A empresa petrolífera Chevron divulgou nota no início da noite de ontem (1º) admitindo ter recebido a notificação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que a obrigou a suspender a produção em um dos poços e de outros quatro injetores de água no campo de Frade, pela geração de gás de enxofre.
A companhia esclareceu que a produção vai continuar e especificou que o poço interditado corresponde a menos de 10% da produção total diária, de 79 mil barris de petróleo. O motivo alegado pela ANP para determinar o encerramento do poço foi o de acumulação de gás sulfídrico, um subproduto natural do processo de produção de petróleo e gás.
Para o especialista em energia e infraestrutura Adriano Pires, o fato demonstra que o comportamento da ANP melhorou. "Ela está mais ativa, fiscalizando com maior precisão. Mas continua o desafio que o caso Chevron mostrou: nós temos mais do que mudar a legislação no Brasil, também é preciso capacitar os órgãos responsáveis pela fiscalização. Cada vez mais o petróleo vai ser produzido no mar e a profundidades cada vez maiores".