Opep

Chávez pressiona por corte, mas cartel mantém produção

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, defendeu o corte de produção da Opep e a negociação em euros proposta pelo Irã. O cartel só considera corte em setembro e mantém preços em dólares.

Redação com agênc
02/06/2006 03:00
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, transformou a 141a.reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em plataforma política, segundo analisam especialistas internacionais. Durante o encontro, realizado em Caracas nesta quinta-feira (01/06), Chávez discursou em defesa da nacionalização dos recursos naturais, relembrou líderes contrários ao governo norte-americano e criticou os países ricos por reclamarem dos altos preços do petróleo.

Chávez defende a redução da quota de produção da Opep e apoia a proposta do feita pelo ministro do Petróleo do Irã, Sayed Kazem Vaziri Hamaneh, de negociar o petróleo em euros ao invés de dólares. A adoção do euro na negociação internacional de petróelo poderia valorizar a moeda européia e intensificar a desvalorização do dólar.

Ao final da reunião, entretanto, a quota de produção de 28 milhões de barris por dia foi mantida, ainda que os representantes dos países que formam o cartel considerem a possibilidade de um corte na próxima reunião, em setembro, quando se supõe que a demanda de petróleo no mundo haja enfraquecido. O barril de petróleo está sendo negociado em torno de US$ 70, mas o maior produtor mundial, a Arábia Saudita, prefere que os valores se estabilizem entre US$ 50 e US$ 60.

Durante a reunião, os membros da Opep também analisaram a ampliação do cartel, com a inclusão de Angola, Sudão e Equador. Chávez ressaltou que a Bolívia também deve ser considerada em função de sua grande produção de gás natural.

Durante o discurso de abertura de 90 min, uma quebra de protocolo nas reuniões da Opep, Chávez afirmou que a Venezuela está operando uma revolução em favor do pobres de seu país, criticou a postura "imperialista" dos Estados Unidos e relembrou a visita ao seu país do ex-presidente do Iraque, Saddan Houssein, e  referiu-se a Carlos Ramírez, que atualmente está preso por ataques terroristas, incluindo um seqüestro de ministros da Opep em 1975, como um bom amigo.

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