Evento

CEGÁS apresenta experiência de distribuição de biometano no 6º Seminário Nacional de Resíduos Sólidos

Redação/Assessoria
29/05/2019 13:49
CEGÁS apresenta experiência de distribuição de biometano no 6º Seminário Nacional de Resíduos Sólidos Imagem: Hugo Figueirêdo, presidente da Cegás Visualizações: 1483 (0) (0) (0) (0)

O presidente da Companhia de Gás Natural do Ceará (CEGÁS), Hugo Figueirêdo (foto), apresentou hoje, no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), em Fortaleza, a experiência da companhia na distribuição de biometano (Gás Natural Renovável) gerado a partir de resíduos sólidos no Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia (ASMOC).

A apresentação ocorreu durante uma mesa redonda sobre a Produção de Combustíveis a partir dos Resíduos Sólidos, que teve como mediador o professor Rodolfo Stefanutti, coordenador do Laboratório de Resíduos Sólidos da Universidade Federal do Ceará.

Figueirêdo falou sobre o Gasoduto, a Estação de Transferência e a Planta de Produção de Gás Natural Renovável, empreendimentos realizados por meio da parceria entre a CEGÁS, Prefeitura de Fortaleza e a Gás Natural Renovável Fortaleza.

O Gasoduto foi construído pela CEGÁS, tem 23km e faz a distribuição do Gás Natural Renovável (GNR) proveniente do aterro sanitário da Região Metropolitana de Fortaleza para indústrias, veículos, comércio e residências da rede de clientes da empresa. O projeto está em funcionamento desde dezembro de 2017 e se adequa à Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada e sancionada em 2010.

O gás é produzido pela Gás Natural Renovável Fortaleza, numa planta da unidade de captação e tratamento instalada no ASMOC. Desde maio do ano passado, a CEGÁS tornou-se a primeira distribuidora do Brasil a injetar na sua rede de gasodutos o GNR (Gás Natural Renovável). Obtido a partir da purificação do biogás gerado pela decomposição do lixo do aterro da Região Metropolitana de Fortaleza, o GNR já está sendo entregue a todos os clientes residenciais, comerciais, industriais e veiculares. Inicialmente, toda a produção foi destinada à Cerbras, indústria do setor de cerâmicas, que foi a primeira do Brasil a ter sua produção abastecida com gás natural renovável canalizado.

A GNR Fortaleza possibilita a retirada do gás metano da superfície do Aterro e é a segunda maior do País, com capacidade para a produção inicial de 100.000 m³ de biometano, um combustível renovável compatível com as especificações do gás natural, usado para abastecer veículos, indústrias, comércio e residências.

O gás é gerado a partir da decomposição de resíduos orgânicos depositados no Aterro, principal destinação de todo o resíduo sólido recolhido em Fortaleza. Para a retirada de metano, foram instaladas tubulações que fazem a sucção de todo o metano da superfície do aterro. O processo de produção de biometano acontece a partir da separação de CO2 do metano e da remoção de contaminantes.

Além da geração de energia, também está sendo possível evitar que mais de 610 toneladas de CO2 sejam lançadas na atmosfera anualmente, equivalentes à retirada diária de mais de 800 mil litros de diesel do setor de transportes. Isso contribui para minimizar a emissão de gases de efeito estufa, contribuindo positivamente para as futuras gerações.

Atualmente, a Cegás injeta cerca de 75 mil metros cúbicos/dia de gás natural renovável na sua rede de abastecimento. Pelo contrato com a GNR Fortaleza, essa produção de biogás deve passar para 90 mil m3/dia. Segundo Figueirêdo, é possível viabilizar uma nova expansão para 125 mil m3/dia. Ele afirmou que, com a expansão, cerca de 15% do gás distribuído pela CEGÁS será de GNR. Atualmente, é de cerca de 13%. “Somos uma referência para o mundo. Na Suécia são injetados 10%; na França, querem passar para 10% em 2030; e nos Estados Unidos, para 3%”, acrescenta Figueirêdo.

Figueirêdo destacou também que o uso do gás natural renovável pela CEGÁS revelou-se como uma experiência competitiva e sustentável, com impactos positivos em toda a cadeia produtiva do gás natural. “Ampliamos a segurança de suprimento e competitividade no preço, pelo aumento no número de fornecedores de Gás Natural”, disse Figueirêdo.

Segundo Figueirêdo, há outras oportunidades de aproveitamento de biogás no Ceará, com escalas e modelos de negócios distintos a serem explorados com segurança em algumas regiões metropolitanas do Estado, como Sobral, Cariri e Limoeiro do Norte.

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