Energia

Ceará disputa fábrica chinesa de turbina eólica

Diário do Nordeste
16/09/2011 20:58
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O Ceará está no páreo, junto com o Rio Grande do Sul, para receber um investimento da ordem de US$ 100 milhões da estatal chinesa Guodian. A empresa planeja construir no Brasil, em um dos dois estados, uma fábrica de turbinas eólicas, empreendimento ainda inexistente no parque industrial cearense que poderia contribuir para a consolidação da cadeia da energia dos ventos no estado.

Se o negócio se concretizar, esta será a primeira unidade da Guodian fora da China e servirá de base para atender às três Américas. A empresa é a terceira maior do setor de energia eólica do gigante da Ásia e a décima do mundo.

As cinco maiores companhias estatais de energia do país asiático estão investindo mais em fontes renováveis, pressionadas por grandes dívidas e preços elevados de combustíveis. A informação foi dada na última quarta-feira pelo chefe do departamento de negócios estrangeiros da Guodian, Peng Jinzhu, em Pequim, ao jornal Folha de São Paulo. Nos últimos dias 13 e 14 foi realizado na cidade asiática o 3º Fórum de Investidores China-América Latina, onde mais de 300 investidores chineses receberam a delegação latino-americana. "O Brasil é um mercado quente e bastante competitivo, será importante ter uma presença local", disse Jinzhu. Ele disse ainda que a empresa busca um sócio local.


Negociações

Em abril passado, o gerente de vendas para o mercado latino-americano da Guodian United Power - subsidiária da Guodian para fabricação de turbinas -, Hayder Ballen, visitou o Ceará, mantendo conversações com o Conselho Estadual do Desenvolvimento Econômico do Ceará (Cede). A Guodian se divide em 22 corporações, sendo que quatro delas são do ramo de energia eólica.


Geração

"A cada cinco anos, dobramos a capacidade instalada de geração de energia, hoje nossa capacidade de produção de energia supera em dez vezes a do Brasil", revelara Ballen, quando visitou o estado. De acordo com o gerente, a estatal pretende, em 2015, ter 200 gigabytes de energia instalados no planeta.

Segundo Ivan Bezerra, além dos benefícios fiscais ofertados pelo Governo do Estado, outro fator que atrai o interesse da Guodian no Ceará é o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). "Com um equipamento do porte do Cipp, com capacidade de escoamento de produção para o mundo inteiro, o Ceará leva vantagem na atração de investimentos como esse. Agora é aguardar a elaboração do projeto por parte da empresa e a posterior assinatura de um protocolo de intenções", disse o presidente.


Painéis

A companhia chinesa já havia informado, em maio passado, que estaria buscando parceiros para o setor de energia no Brasil e na Argentina para construção, além das turbinas eólicas, de painéis solares.
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