<P>Uma área de 40 mil metros quadrados ocupada pela Cargill no porto de Santos, cujo contrato de arrendamento expirou em 31 de dezembro, será mantida em operação até o resultado da uma nova licitação. No sítio desde 1985, com contrato de 20 anos, já prorrogado por mais três, a Cargill movi...
Valor EconômicoUma área de 40 mil metros quadrados ocupada pela Cargill no porto de Santos, cujo contrato de arrendamento expirou em 31 de dezembro, será mantida em operação até o resultado da uma nova licitação. No sítio desde 1985, com contrato de 20 anos, já prorrogado por mais três, a Cargill movimenta cerca de 3 milhões de toneladas de granéis sólidos, entre produtos dos complexos soja e milho. Em uma área contígua de 70 mil metros quadrados, opera o Terminal de Exportação de Açúcar de Guarujá (Teag), no qual a Cargill tem participação, em conjunto com a Operadora Paulista - cujo acionista majoritário é a Crystalsev.
Com essa proximidade, diversas operações são conjuntas, a exemplo de via férrea e balança, conferindo sinergia à empresa. Os dois terminais, em conjunto, operam por ano entre 6,5 milhões e 7 milhões de toneladas. O Teag embarca açúcar em sacos e a granel.
Ante amplo movimento que se formou na comunidade portuária a fim de proteger o mercado de trabalho de cerca de 400 funcionários da Cargill, inclusive com o envolvimento dos prefeitos de Santos e Guarujá, onde está o terminal, o presidente da Codesp, José Roberto Serra, deu duas garantias: com a expedição de novo alfandegamento da área da Cargill, o que deverá ocorrer até o final do mês, será nomeado outro operador das instalações existentes, que não sofrerão paralisação; e, seja qual for o indicado, haverá o compromisso de utilização do pessoal existente.
A tendência dominante é a de que a Cargill, que investiu cerca de US$ 40 milhões no terminal, permaneça como operadora. Nos contratos de arrendamento há a cláusula de que as benfeitorias feitas pelo arrendatário passem para o domínio da União ao final do compromisso. Sem dúvida, temos o interesse de continuar, afirmou uma fonte da Cargill ao Valor.
A Codesp também põe na balança para tomar para a escolha do operador o fato de a multinacional já conhecer todo o modus operandi do terminal. Além disso, alguns equipamentos de propriedade da Cargill poderiam ser removidos, o que poderá dificultar a continuidade imediata das operações. Esta hipótese não é aceita pela Codesp, pelos efeitos negativos que podem advir, até com o desvio da cargas para outros portos.
A estatal do porto quer iniciar uma nova modalidade de arrendamento de suas áreas, segundo informou a empresa, a fim de criar terminais de maior porte. No caso da Cargill, cuja área é vizinha ao Teag, será buscado um prazo contratual com términos coincidentes. Com isso, a nova área a ser ofertada passaria para 110 mil metros quadrados, mais de acordo com a viabilidade operacional do setor. O contrato inicial com o Teag teve início em 1995, com duração de 20 anos.
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