<P>Em reunião realizada na manhã de ontem, na sede da Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG), o Conselho de Autoridade Portuária (CAP/RG) aprovou a proposta feita pelo governo do Estado para alterar a destinação de uma área do Plano de Zoneamento do porto rio-grandino, que era previs...
Jornal Agora - RSEm reunião realizada na manhã de ontem, na sede da Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG), o Conselho de Autoridade Portuária (CAP/RG) aprovou a proposta feita pelo governo do Estado para alterar a destinação de uma área do Plano de Zoneamento do porto rio-grandino, que era prevista para fertilizantes e granéis líquidos, possibilitando que nela sejam instalados empreendimentos de construção e reparo naval. Trata-se de uma área localizada ao lado do dique seco, de 22,9 hectares, no trecho 2 do Superporto, que a WTorre está solicitando para construção de um segundo estaleiro em Rio Grande.
A proposta do segundo estaleiro, no qual serão construídas oficinas para processamento de aço visando a atender as necessidades do dique seco para montagem de plataformas, foi anunciada pelo engenheiro Roberto Dieckmann, gerente de implantação do Estaleiro Rio Grande, da WTorre, no início de julho, na Câmara de Comércio do Município. A empresa havia solicitado à área ao governo do Estado. Na ocasião, Dieckmann relatou que a intenção era iniciar as obras em nove meses. O projeto da empresa se deve às demandas que a Petrobras apresentou para o dique seco a partir da descoberta de um megacampo na camada pré-sal.
Segundo informações da SUPRG, com aprovação do CAP de alterar o zoneamento, o governo fará os trâmites legais para realizar a cessão de uso não-oneroso da área para o novo empreendimento da WTorre, válido somente enquanto forem exercidas as atividades de estaleiro. O processo irá para aprovação da Assembléia Legislativa do Estado do RS. Em contrapartida será assinado um protocolo de intenções onde a WTorre/Estaleiro Rio Grande se comprometerá em investir na qualificação e na contratação de mão-de-obra da região.
O CAP também analisou, ontem, pedido de alteração da destinação de outra área, localizada entre os terminais do Tecon Rio Grande e Termasa. Atualmente, esta área é prevista para implantação de um novo terminal de contêineres e o pedido foi para instalação de um estaleiro destinado à construção de pequenas e médias embarcações de apoio à plataforma marítima. A construção deste estaleiro foi proposta ao governo do Estado pela Wilson Sons. Sobre este terreno, o CAP não tomou decisão ontem.
Conforme o presidente do Conselho de Autoridade Portuária, Hélio José da Silva, não havia dados suficientes para uma decisão e foi pedido à SUPRG um estudo mais aprofundado da área. A análise mais aprofundada desta área deve-se também a solicitação do local para a implantação de um terminal de arroz, podendo ser possível ainda destinar o terreno às duas atividades. Assim pedimos a SUPRG que se posicione sobre a matéria apontando a melhor destinação para o local, para posteriormente o CAP se pronunciar, explicou.
Também foi constituída uma comissão com um representante de cada bloco que compõe o Conselho, para que acompanhem e auxiliem a SUPRG no exame da questão. Como houve pedido de urgência na decisão sobre este caso, o CAP marcou nova reunião para o próximo dia 26, específica para examinar a solicitação.
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