Valor Econômico
As perspectivas para o campo de Iara, no pré-sal da Bacia de Santos, podem ser melhores do que o estimado inicialmente, disse ontem Haroldo Lima, diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). "O presidente Gabrielli acabou de me falar que as perspectivas de Iara podem ser maiores do que se imaginava", disse, citando o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. "Perspectivas talvez surpreendentes", acrescentou o dirigente, logo depois do evento de apresentação das propostas do governo para mudanças no marco regulatório do setor de petróleo.
A Petrobras estima que o campo de Iara pode conter reservas recuperáveis de 3 a 4 bilhões de barris de petróleo e gás.
Lima afirmou ainda que a ANP acertou com a Petrobras a realização de três ou quatro perfurações de pesquisa em áreas de alto potencial na Bacia de Santos, para avaliar melhor os blocos. A nova legislação, disse, dará formalidade a esse relacionamento. "Num dos projetos de lei, a ANP passa a ter explicitamente a prerrogativa de contratar a Petrobras para fazer estudos em áreas da União", disse.
O governo deve convocar, em novembro, reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), para decidir sobre a realização de uma nova rodada de licitações de campos de petróleo fora da camada pré-sal ainda este ano. A informação foi prestada ontem pelo ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. Para o pré-sal, os leilões de partilha só ocorreram após a aprovação das novas regras pelo Congresso Nacional.
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