Eletricidade

Câmara analisará alterações em MP sobre intervenção no setor elétrico

MP 577 precisa ser votada, depois seguirá para o Senado.

Agência Estado
30/11/2012 14:45
Visualizações: 246 (0) (0) (0) (0)

 

Câmara analisará alterações em MP sobre intervenção no setor elétrico
1 2 3 4 5
 ( 0 Votos )
Eletricidade
SEX, 30 DE NOVEMBRO DE 2012 05:06
A Câmara vai analisar mudanças na Medida Provisória 577/12, que foi aprovada na comissão mista com oito artigos novos, alheios ao assunto da proposta. Originalmente, a MP regulamenta a intervenção do governo em empresas do setor elétrico, em caso de má prestação de serviços ou dificuldades financeiras.
A pedido do próprio governo, o relator da MP, senador Romero Jucá (PMDB-RR), inseriu no texto uma série medidas, principalmente tributárias, como a prorrogação de benefícios.
Uma das emendas permite a extensão, por mais um ano, da suspensão do pagamento de tributos na importação de mercadorias ou insumos a serem exportados após beneficiamento.
Isenção de IPI
A MP também recebeu emenda que prorroga até 2016 o prazo de vigência da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre automóveis adquiridos por taxistas ou pessoas com deficiência. Pela legislação vigente, o benefício será extinto em dezembro deste ano.
Jucá inseriu ainda alteração na Lei 11.484/07, que instituiu o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), para determinar que a isenção do Imposto de Importação de peças e insumos para esse setor independe da existência de similar nacional. A MP também retira da lei a obrigatoriedade de que os produtos importados no âmbito do Padis sejam transportados apenas por navios nacionais.
Minha Casa, Minha Vida
O relator incorporou à MP a alteração do valor de referência dos imóveis de interesse social de R$ 85 mil para R$ 100 mil. Segundo o senador, a alteração é necessária para adequar o preço das construções do programa Minha Casa, Minha Vida à realidade atual do mercado imobiliário. Empresas que atuam nesse setor pagam tributação no valor de apenas 1% da receita mensal auferida pelo contrato de construção. As demais incorporadoras pagam 6% da receita mensal.
Romero Jucá também inseriu na MP alteração na Lei 9.492/97 para deixar claro que certidões da dívida ativa podem ser protestadas pela Fazenda Pública. Segundo o senador, “afastam-se, assim, as divergências jurisprudenciais que hoje existem em torno da matéria, em razão da atual omissão legislativa”.
De acordo com a assessoria de Jucá, todas essas alterações foram sugeridas pelos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Intervenção
Com relação ao assunto original da medida provisória, Romero Jucá fez poucas modificações. O artigo mais polêmico do texto é o que prevê a indisponibilidade dos bens de administradores de concessionárias de energia elétrica colocadas sob intervenção pelo governo.
Embora garanta que a medida é constitucional, porque a indisponibilidade “não se confunde com detenção ou sequestro”, esses proibidos pela Constituição, o relator considerou prudente adotar duas “válvulas de escape” para esse caso. Ele inseriu dispositivos que obrigam a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a instaurar inquérito para apurar as responsabilidades dos administradores assim que for decretada a intervenção.
Caso as suspeitas não se comprovem, o processo será arquivado; e a indisponibilidade, suspensa. Em caso de indícios de práticas ilegais, o processo seguirá para o Ministério Público.
Pela MP, o poder concedente poderá decretar intervenção em empresas do setor elétrico sempre que houver risco de interrupção do fornecimento de energia ou de quebra dos contratos. O texto inicial estabelece que a intervenção será de um ano, prorrogável pela Aneel. Jucá limitou essa prorrogação a dois anos.
O relator também estabeleceu que a Advocacia-Geral da União (AGU) defenderá o interventor durante seu trabalho nas elétricas, em caso de demandas judiciais relacionada à intervenção. “Trata-se de uma regra que protegerá a pessoa designada pelo Poder Público para tocar tão delicado processo”, afirmou Jucá.
A MP 577 precisa ser votada pelo Plenário da Câmara. Depois, seguirá para o Senado.

Câmara vai analisar mudanças na Medida Provisória 577/12, que foi aprovada na comissão mista com oito artigos novos, alheios ao assunto da proposta. Originalmente, a MP regulamenta a intervenção do governo em empresas do setor elétrico, em caso de má prestação de serviços ou dificuldades financeiras.


A pedido do próprio governo, o relator da MP, senador Romero Jucá (PMDB-RR), inseriu no texto uma série medidas, principalmente tributárias, como a prorrogação de benefícios.


Uma das emendas permite a extensão, por mais um ano, da suspensão do pagamento de tributos na importação de mercadorias ou insumos a serem exportados após beneficiamento.


Isenção de IPIA MP também recebeu emenda que prorroga até 2016 o prazo de vigência da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre automóveis adquiridos por taxistas ou pessoas com deficiência. Pela legislação vigente, o benefício será extinto em dezembro deste ano.


Jucá inseriu ainda alteração na Lei 11.484/07, que instituiu o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), para determinar que a isenção do Imposto de Importação de peças e insumos para esse setor independe da existência de similar nacional. A MP também retira da lei a obrigatoriedade de que os produtos importados no âmbito do Padis sejam transportados apenas por navios nacionais.

 

Minha Casa, Minha VidaO relator incorporou à MP a alteração do valor de referência dos imóveis de interesse social de R$ 85 mil para R$ 100 mil. Segundo o senador, a alteração é necessária para adequar o preço das construções do programa Minha Casa, Minha Vida à realidade atual do mercado imobiliário. Empresas que atuam nesse setor pagam tributação no valor de apenas 1% da receita mensal auferida pelo contrato de construção. As demais incorporadoras pagam 6% da receita mensal.

 

Romero Jucá também inseriu na MP alteração na Lei 9.492/97 para deixar claro que certidões da dívida ativa podem ser protestadas pela Fazenda Pública. Segundo o senador, “afastam-se, assim, as divergências jurisprudenciais que hoje existem em torno da matéria, em razão da atual omissão legislativa”.

 

De acordo com a assessoria de Jucá, todas essas alterações foram sugeridas pelos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

 

IntervençãoCom relação ao assunto original da medida provisória, Romero Jucá fez poucas modificações. O artigo mais polêmico do texto é o que prevê a indisponibilidade dos bens de administradores de concessionárias de energia elétrica colocadas sob intervenção pelo governo.

 

Embora garanta que a medida é constitucional, porque a indisponibilidade “não se confunde com detenção ou sequestro”, esses proibidos pela Constituição, o relator considerou prudente adotar duas “válvulas de escape” para esse caso. Ele inseriu dispositivos que obrigam a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a instaurar inquérito para apurar as responsabilidades dos administradores assim que for decretada a intervenção.

 

Caso as suspeitas não se comprovem, o processo será arquivado; e a indisponibilidade, suspensa. Em caso de indícios de práticas ilegais, o processo seguirá para o Ministério Público.


Pela MP, o poder concedente poderá decretar intervenção em empresas do setor elétrico sempre que houver risco de interrupção do fornecimento de energia ou de quebra dos contratos. O texto inicial estabelece que a intervenção será de um ano, prorrogável pela Aneel. Jucá limitou essa prorrogação a dois anos.

 

O relator também estabeleceu que a Advocacia-Geral da União (AGU) defenderá o interventor durante seu trabalho nas elétricas, em caso de demandas judiciais relacionada à intervenção. “Trata-se de uma regra que protegerá a pessoa designada pelo Poder Público para tocar tão delicado processo”, afirmou Jucá.

 

A MP 577 precisa ser votada pelo Plenário da Câmara. Depois, seguirá para o Senado.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
PD&I
Dia da Energia Limpa: Embrapii apoia 155 projetos de ino...
24/01/25
Energia Solar
Governo de SP isenta licenciamento para implementação de...
24/01/25
Royalties
Mais de R$ 1,250 bilhão, referentes à produção de novemb...
24/01/25
Pessoas
Nova interina assume, em 25/1, a Diretoria 4 da ANP
24/01/25
Oportunidade
PPSA abre concurso para 100 novas vagas
24/01/25
Desinvestimento
Petrobras coloca à venda sua participação minoritária de...
24/01/25
Internacional
Cluster de baixo carbono do Porto do Açu adere à iniciat...
23/01/25
Biocombustíveis
SDE lidera discussão sobre Programa do Selo Biocombustív...
23/01/25
Investimento
Acordo entre SGB e Petrobras irá revitalizar o Museu de ...
23/01/25
Nordeste
Parques eólicos financiados pela Sudene aumentam PIB per...
23/01/25
Recursos Humanos
ANP fará webinar para tirar dúvidas sobre novo edital do...
23/01/25
Vitória PetroShow 2025
Vitória PetroShow 2025: Oportunidades e Inovação no Seto...
22/01/25
Licenciamento
API Lança Programa de Licenciamento para Reparo e Remanu...
22/01/25
Evento
Petrobras participa do Programa Rede de Oportunidades da...
22/01/25
Pré-Sal
Produção do FPSO Cidade de Angra dos Reis no campo de Tu...
22/01/25
Gasmig
Gás natural e sustentabilidade: o futuro da energia limpa
22/01/25
Petrobras
Com quase 2,5 milhões de litros de gasolina e 455 milhõe...
22/01/25
PD&I
Programa NAVE impulsiona inovação aberta no setor de pet...
22/01/25
Evento
ORPLANA reúne cooperativas e alinha estratégias para o C...
22/01/25
Pará
Terminal da Ultracargo em Vila do Conde amplia capacidad...
21/01/25
Petrobras
Produção de Bunker bate recorde na RNEST
21/01/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.