Estudo

Burocracia e falta de integração afetam competitividade

Estudo foi realizado pela Firjan.

Ascom Firjan
28/01/2014 15:56
Visualizações: 1262

 

Onze estados brasileiros ainda não têm nenhum município com sistema de integração entre as entidades envolvidas nos procedimentos que fazem parte do dia-a-dia dos empresários, como obter e renovar licenças para o funcionamento do negócio. É o caso do Acre, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima, Sergipe e Tocantins. O resultado faz parte do estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), “Melhorando o ambiente de negócios no Brasil: ações para reduzir a burocracia”, que avaliou a qualidade e a transparência dos serviços prestados por órgãos públicos do país para as principais situações relacionadas ao cotidiano dos empreendedores brasileiros: abrir empresas, cumprir obrigações tributárias e trabalhistas, importar e exportar.
Nos principais centros econômicos do país, o excesso de burocracia também afeta a competitividade das empresas. A ausência de integração é um problema para 621 das 645 cidades paulistas e para 761 dos 853 municípios mineiros. No Rio de Janeiro, a integração é parcial em 53 das 92 cidades do estado: é possível abrir o negócio pelo sistema, mas o empresário não consegue obter pelo mesmo programa o alvará do Corpo de Bombeiros nem licenças ambientais ou sanitárias, imprescindíveis para o funcionamento da empresa.
“É preciso reconhecer e elogiar os avanços, mas é fundamental identificar a necessidade de melhorias que persiste. Este mapeamento nos ajuda a entender as dificuldades ainda encontradas pela falta de informações e de recursos para acompanhamento dos processos burocráticos”, diz o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, durante seminário sobre desburocratização, que aconteceu nesta terça-feira (28), na sede da entidade.
De 283 órgãos federais, estaduais e municipais avaliados no estado do Rio, em apenas oito há sistemas para acompanhamento de processos relacionados a abertura de empresas, sendo que apenas a Junta Comercial informa um detalhe fundamental: o prazo em que o serviço será finalizado. Em nenhuma das prefeituras do Rio há sistema para acompanhar processos relativos às secretarias de Obras, órgãos que emitem o alvará de funcionamento de qualquer estabelecimento. No caso das secretarias de Vigilância Sanitária e Meio Ambiente, o serviço é disponível apenas na capital.
A dificuldade é grande até para conseguir informações básicas sobre que serviços são prestados por cada entidade pública e em que prazos. No estado do Rio, em 373 órgãos estaduais e municipais, apenas quatro apresentam a Carta de Serviços. De sete órgãos federais, Receita Federal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Procuradoria Geral da Fazenda, INSS, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Caixa Econômica Federal e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os três últimos não oferecem, mesmo sendo lei.
“O levantamento identificou que os instrumentos criados pelo governo na última década para a redução da burocracia no Brasil não foram implementados corretamente pelas entidades públicas, mesmo que respaldados por dispositivos legais. A transparência e a integração representam a melhor alternativa para dinamizar processos e reduzir a burocracia no ambiente de negócios do país”, diz a especialista em Competitividade Industrial e Investimentos da Firjan, Julia Nicolau Butter.
A Firjan propõe ainda um conjunto de medidas de fácil implementação e ganhos rápidos para a redução da burocracia, como incorporar as informações da Carta de Serviços ao Cidadão aos sistemas para acompanhamento de processos, oferecer treinamento periódico aos servidores públicos e simplificar exigências.
O estudo pode ser acessado no site da entidade.

Onze estados brasileiros ainda não têm nenhum município com sistema de integração entre as entidades envolvidas nos procedimentos que fazem parte do dia-a-dia dos empresários, como obter e renovar licenças para o funcionamento do negócio. É o caso do Acre, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima, Sergipe e Tocantins. O resultado faz parte do estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), “Melhorando o ambiente de negócios no Brasil: ações para reduzir a burocracia”, que avaliou a qualidade e a transparência dos serviços prestados por órgãos públicos do país para as principais situações relacionadas ao cotidiano dos empreendedores brasileiros: abrir empresas, cumprir obrigações tributárias e trabalhistas, importar e exportar.

Nos principais centros econômicos do país, o excesso de burocracia também afeta a competitividade das empresas. A ausência de integração é um problema para 621 das 645 cidades paulistas e para 761 dos 853 municípios mineiros. No Rio de Janeiro, a integração é parcial em 53 das 92 cidades do estado: é possível abrir o negócio pelo sistema, mas o empresário não consegue obter pelo mesmo programa o alvará do Corpo de Bombeiros nem licenças ambientais ou sanitárias, imprescindíveis para o funcionamento da empresa.

“É preciso reconhecer e elogiar os avanços, mas é fundamental identificar a necessidade de melhorias que persiste. Este mapeamento nos ajuda a entender as dificuldades ainda encontradas pela falta de informações e de recursos para acompanhamento dos processos burocráticos”, diz o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, durante seminário sobre desburocratização, que aconteceu nesta terça-feira (28), na sede da entidade.

De 283 órgãos federais, estaduais e municipais avaliados no estado do Rio, em apenas oito há sistemas para acompanhamento de processos relacionados a abertura de empresas, sendo que apenas a Junta Comercial informa um detalhe fundamental: o prazo em que o serviço será finalizado. Em nenhuma das prefeituras do Rio há sistema para acompanhar processos relativos às secretarias de Obras, órgãos que emitem o alvará de funcionamento de qualquer estabelecimento. No caso das secretarias de Vigilância Sanitária e Meio Ambiente, o serviço é disponível apenas na capital.

A dificuldade é grande até para conseguir informações básicas sobre que serviços são prestados por cada entidade pública e em que prazos. No estado do Rio, em 373 órgãos estaduais e municipais, apenas quatro apresentam a Carta de Serviços. De sete órgãos federais, Receita Federal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Procuradoria Geral da Fazenda, INSS, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Caixa Econômica Federal e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os três últimos não oferecem, mesmo sendo lei.

“O levantamento identificou que os instrumentos criados pelo governo na última década para a redução da burocracia no Brasil não foram implementados corretamente pelas entidades públicas, mesmo que respaldados por dispositivos legais. A transparência e a integração representam a melhor alternativa para dinamizar processos e reduzir a burocracia no ambiente de negócios do país”, diz a especialista em Competitividade Industrial e Investimentos da Firjan, Julia Nicolau Butter.

A Firjan propõe ainda um conjunto de medidas de fácil implementação e ganhos rápidos para a redução da burocracia, como incorporar as informações da Carta de Serviços ao Cidadão aos sistemas para acompanhamento de processos, oferecer treinamento periódico aos servidores públicos e simplificar exigências.

Clique aqui para ter acesso ao estudo.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
COP30
Setor de óleo e gás usa tecnologia para acelerar a desca...
15/11/25
COP30
Encontro promovido pelas distribuidoras de energia elétr...
15/11/25
COP30
Fórum do IBP debate novas tecnologias e desafios na insp...
14/11/25
Apoio Offshore
Svitzer Copacabana chega para fortalecer operações de GN...
14/11/25
BRANDED CONTENT
Merax, 20 anos de confiança em soluções que movem o seto...
14/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Mossoró Oil & Gas Energy terá debates estratégicos em 10...
14/11/25
COP30
IBP promove painéis sobre descarbonização, metas globais...
14/11/25
Eólica Offshore
Japão e Sindienergia-RS: em visita a Porto Alegre, embai...
14/11/25
Bacia de Campos
Novo prazo de recebimento de propostas para o FPSO do pr...
14/11/25
Royalties
Participação especial: valores referentes à produção do ...
14/11/25
COP30
Indústria brasileira de O&> atinge padrões de excelência...
14/11/25
Pré-Sal
União aumenta sua participação na Jazida Compartilhada d...
14/11/25
COP30
Líderes e negociadores da COP30 receberão cartas de 90 a...
13/11/25
Energia Elétrica
Projeto Meta II: CCEE e PSR apresentam proposta para mod...
13/11/25
COP30
ANP participa do evento e avança em medidas para a trans...
13/11/25
Nova marca
ABPIP moderniza identidade visual e reforça alinhamento ...
13/11/25
Firjan
Enaex 2025 debate reindustrialização, competitividade do...
13/11/25
Entrevista
Rijarda Aristóteles defende protagonismo feminino na era...
13/11/25
COP30
IBP defende setor de O&> como parte da solução para desc...
13/11/25
COP30
Transpetro recebe o Selo Diamante do Ministério de Porto...
13/11/25
Bacia de Campos
PRIO assume operação do Campo de Peregrino com aquisição...
13/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.