Petroquímica

Braskem se aproxima das grandes do mundo

Valor Econômico
10/01/2005 02:00
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Solucionada sua situação de endividamento e alavancada pelo crescimento do mercado mundial de produtos petroquímicos, a Braskem, maior empresa nacional do setor, deve se aproximar cada vez mais das grandes do mundo.
A empresa, controlada pelo grupo Odebrecht, aparece na 8ª posição entre as maiores fabricantes do mundo, segundo ranking elaborado pela publicação especializada "ChemicalWeek".
A companhia brasileira registrou vendas de US$ 1,29 bilhão no terceiro trimestre, pouco abaixo das posições ocupadas pelas empresas Nova Chemicals (em 6º lugar, com US$ 1,37 bilhão) e Lyondell Chemical (em 7ª lugar, com US$ 1,30 bilhão).
O levantamento, que classifica as empresas por vendas, leva em conta apenas a produção de produtos químicos básicos - exclui, por exemplo, a fabricação de resinas termoplásticas, especialidades químicas, entre outros. Inclui, contudo, as empresas produtoras de gases químicos usados pela indústria, como a Air Products e a Praxair.
Entre as dez maiores, a Braskem apresentou crescimento das vendas de 46% no período de julho a setembro em relação a igual período do ano anterior, índice abaixo apenas da líder Sinopec, estatal chinesa, que cresceu 48% e totalizou vendas de US$ 17,8 bilhões. A americana Dow Chemical, com US$ 10 bilhões, aparece em segundo lugar da lista.
No conjunto entre todas as indústrias químicas, a Braskem vai para 69ª posição, com vendas US$ 3,2 bilhões. É a única empresa brasileira da listagem, cuja liderança fica com a alemã Basf (vendas de US$ 34,2 bilhões). Ela tem uma posição melhor na classificação entre as mais lucrativas, colocando-se na 14ª colocação. No quesito venda por empregado, aparece em 7º lugar.
As empresas químicas tiveram grande impulso no ano passado por conta da recuperação das economias mundiais e, mesmo com a alta nos preços das matérias-primas petroquímicas, tiveram gordos lucros. A tendência, segundo especialistas, é a continuidade dos ganhos neste ano.
Criada em agosto de 2002, a Braskem integrou ativos da primeira e segunda geração de produtos petroquímicos. No ano passado, a companhia deu uma solução para sua dívida por meio do lançamento de ações (aumento de capital) que melhorou sua estrutura de capital: a relação entre dívida líquida e o fluxo de caixa, que era de 5,1 vezes no fim de dezembro de 2002, caiu para 2,03 no terceiro trimestre de 2004.
Atualmente, a companhia vem adotando um programa de competitividade para alcançar os níveis de excelência internacional, compatíveis com rivais. O programa apelidado de "Braskem Mais" prevê ganhos anuais de R$ 420 milhões. Quando estiver totalmente implantado, no fim de 2007, o programa dará musculatura para a Braskem comprar ativos no exterior - plano que já começa a ser esboçado pelos executivos da companhia.

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